Ex-presidente francês Nicolas Sarkozy, ao lado de sua esposa, encara a imprensa após confirmação de sua condenação pela Justiça da França. (Foto: Instagram)
Nicolas Sarkozy, ex-presidente da França, teve sua condenação confirmada pela Justiça francesa por ter financiado de forma ilegal sua campanha de reeleição em 2012. O tribunal concluiu que ele ocultou despesas excessivas durante o processo eleitoral, violando os limites legais de gastos estabelecidos.
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A Suprema Corte francesa rejeitou o último recurso da defesa no caso conhecido como “Bygmalion”, nome da empresa que organizou os comícios e eventos de campanha nos estádios. Sarkozy tentou se reeleger naquele ano, mas acabou sendo derrotado por François Hollande, do Partido Socialista.
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Segundo os promotores, os gastos da campanha ultrapassaram os € 22,5 milhões permitidos por lei, chegando a pelo menos € 42,8 milhões — quase o dobro do limite legal. Sarkozy sempre negou ter cometido qualquer irregularidade e recorreu da decisão, mas agora a condenação é definitiva.
Ele chegou a ser libertado no início do mês em outro processo, mas, com a decisão atual, deverá cumprir o restante da pena de um ano. Como já cumpriu metade, restam seis meses, que poderão ser cumpridos em regime domiciliar, com uso de tornozeleira eletrônica.
Além disso, Sarkozy também foi condenado por formação de quadrilha no caso relacionado ao financiamento da campanha de 2007, com recursos supostamente vindos do governo líbio de Muammar Kadhafi. No entanto, ele foi absolvido da acusação de corrupção nesse processo.
O tribunal apontou que Sarkozy teria promovido o retorno da Líbia à comunidade internacional e prometido absolver Abdallah Senoussi, cunhado de Kadhafi, condenado à prisão perpétua pelo atentado contra um voo da UTA em 1989, que matou 170 pessoas.
Detido na prisão de La Santé desde 21 de outubro, Sarkozy teve sua soltura autorizada pelo Tribunal de Apelação de Paris. Agora, ele poderá cumprir o restante da pena em sua residência, sob monitoramento eletrônico.
