
Lula faz apelo por diálogo durante sanção da nova faixa de isenção do IR. (Foto: Instagram)
Durante a cerimônia de sanção da ampliação da faixa de isenção do Imposto de Renda nesta quarta-feira (26/11), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) aproveitou para fazer um apelo por diálogo entre os Poderes. A declaração ocorre em meio a um clima de tensão com os presidentes da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), e do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP).
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Lula destacou a importância de buscar o "caminho do meio", ressaltando que nem sempre é possível satisfazer todos os lados, mas é necessário encontrar soluções que beneficiem o conjunto. A fala foi interpretada como um recado sutil diante dos recentes atritos entre o Executivo e o Legislativo.
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Na Câmara, o clima azedou após o rompimento entre Hugo Motta e o líder do PT na Casa, Lindbergh Farias (PT-RJ). Motta se sentiu ofendido após críticas públicas feitas por Farias, consideradas por aliados como exageradas e desnecessárias.
O conflito se intensificou com a indicação do deputado Guilherme Derrite (PL-SP) para relatar o projeto de lei Antifacção. Lindbergh acusou Motta de ter cometido uma "lambança", aumentando ainda mais o mal-estar. Segundo pessoas próximas, o presidente da Câmara não aceita ser alvo de tamanho desrespeito.
No Senado, o desgaste se deve à escolha de Jorge Messias, atual Advogado-Geral da União, para a vaga no Supremo Tribunal Federal (STF). Alcolumbre defendia o nome do senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG), seu aliado político, para substituir o ministro Luís Roberto Barroso, que deixou o cargo recentemente.
A movimentação de Lula, ao sancionar uma medida popular como a ampliação da isenção do IR, foi vista como uma tentativa de fortalecer sua imagem diante do embate com os líderes do Congresso. O presidente busca, com apelos ao diálogo, conter a escalada de tensões e evitar maiores desgastes institucionais.

