No último fim de semana, um caso chocante abalou a cidade de Manaus: o menino Benício Xavier de Freitas, de apenas 6 anos, morreu após receber uma dose intravenosa de Adrenalina prescrita de forma equivocada. O procedimento, realizado no Hospital Santa Júlia, é alvo de investigação da polícia.
Segundo o relato da família, Benício foi levado ao hospital com tosse seca e suspeita de laringite. No atendimento, a médica de plantão receitou lavagem nasal, soro, xarope e ainda três aplicações de adrenalina — cada uma de 3 mg — via endovenosa com intervalo de 30 minutos. Uma dosagem considerada incompatível com o quadro clínico da criança.
Logo após a primeira aplicação, o menino começou a piorar drasticamente: empalideceu, apresentou alterações na coloração da pele e imagino dor intensa — segundo os pais, o pequeno chegou a reclamar que “o coração dele estava queimando”. Logo foi encaminhado para a sala vermelha e, posteriormente, para UTI. Ainda assim, sofreu várias paradas cardíacas consecutivas e não resistiu.
A dor da família se transformou em revolta. A médica que prescreveu a medicação e a técnica de enfermagem que administrou a dose foram afastadas. A investigação da Polícia Civil do Amazonas aponta crime de homicídio qualificado doloso — ou seja, com risco assumido à vida da criança — e há pedido de prisão preventiva.
Especialistas em saúde ouvidos pela imprensa alertam: a administração de adrenalina por via intravenosa exige rigor absoluto de dosagem — especialmente em crianças. O erro coloca em risco não só a vida do paciente, mas a credibilidade de protocolos básicos de segurança nos hospitais. O caso reacende alertas sobre negligência médica e a importância de fiscalização rigorosa.
Enquanto esperam por justiça, os pais de Benício pedem que o episódio sirva como alerta nacional — para que casos como esse nunca mais se repitam. A comunidade e autoridades acompanham o desfecho da investigação com expectativa e indignação.

