A Justiça do Distrito Federal determinou que o Airbnb arque com os custos médicos mensais de Daniella Maia, de 42 anos, moradora de Brasília. Ela ficou paraplégica após cair do parapeito de uma casa alugada pela plataforma em Itacaré (BA), durante férias em janeiro de 2025. A decisão liminar obriga a empresa a pagar o auxílio até o fim do processo, no qual Daniella pede uma indenização de R$ 12 milhões.
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O valor do auxílio pode variar entre R$ 20 mil e R$ 40 mil por mês, conforme a evolução do estado de saúde da paciente. Daniella depende de fisioterapia, medicamentos, cadeira de rodas e cuidados diários. Ela afirma que a decisão judicial trouxe alívio diante das dificuldades financeiras provocadas pela nova condição de saúde.
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O advogado Davi Souza, que representa Daniella, explicou que a decisão foi concedida em segunda instância pelo desembargador Roberto Freitas Filho. A liminar obriga o Airbnb a reembolsar mensalmente os gastos médicos, mediante apresentação de comprovantes. Daniella, que vivia na Austrália com o marido e o filho, voltou ao Brasil para se tratar e não possui plano de saúde no país.
A turista tentou resolver a situação de forma amigável com a plataforma, que chegou a pagar R$ 470 mil para cobrir despesas iniciais, como cirurgia e internação. No entanto, as negociações não avançaram. A defesa alega que houve danos morais, materiais e estéticos, além de prejuízo financeiro, já que Daniella não consegue mais exercer suas atividades profissionais.
O acidente ocorreu quando a turista encostou no parapeito de madeira da varanda, que cedeu, provocando sua queda. A Justiça reconheceu a responsabilidade civil objetiva do Airbnb, destacando que o boletim de ocorrência confirma que o acidente aconteceu na casa alugada pela plataforma.
A empresa afirmou que o processo ainda está em andamento e que seguirá as determinações legais ao final do julgamento. Enquanto isso, Daniella segue em reabilitação na Rede Sarah, em Brasília, com o apoio da família, ainda sem saber se conseguirá voltar a andar.
