Com a chegada de dezembro, é comum que o ritmo acelerado do dia a dia comece a cobrar seu preço. O psicólogo e professor Murilo Assis, da Una Jataí, destaca que a exaustão emocional não surge de forma repentina, mas apresenta sinais claros. Entre os sintomas mais comuns estão lapsos de memória, sensação de desligamento, dificuldades para dormir, mudanças no apetite e variações de peso. Esses sinais, segundo ele, indicam que corpo e mente estão pedindo uma pausa.
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Assis explica que parte desse cansaço está ligado à ideia de que é preciso estar sempre produzindo, mesmo em momentos destinados ao descanso. A noção de “ócio produtivo” reforça a crença de que parar é algo negativo. Essa mentalidade começa ainda na infância, com rotinas sobrecarregadas e pouco espaço para o lazer. Para o especialista, é essencial adotar uma visão mais humana e respeitosa em relação aos próprios limites.
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A chamada “Dezembrite” ou Síndrome do Fim do Ano é uma condição emocional que atinge muitas pessoas nesse período, marcada por ansiedade, tristeza e sensação de sobrecarga. Para evitar que esse esgotamento se agrave, Assis recomenda práticas simples: realizar atividades prazerosas, manter o corpo em movimento, cuidar da alimentação e reduzir o uso de telas. Ele também reforça que, em alguns dias, não fazer nada é não só aceitável, mas necessário. Além disso, alerta para o consumo excessivo de bebidas alcoólicas nas festividades.
Outro ponto importante é aprender a estabelecer limites. Isso inclui definir horários para responder mensagens e saber dizer não de maneira respeitosa. Segundo Assis, esses hábitos não indicam fraqueza, mas sim maturidade emocional. Comunicar os próprios limites ajuda a proteger a saúde mental e impede que o trabalho se torne uma dependência.
Por fim, o psicólogo ressalta que o encerramento do ano é um momento propício para reavaliar o ritmo de vida. Pequenas pausas e atitudes de autocuidado podem fazer grande diferença, permitindo encerrar o ciclo com mais equilíbrio, clareza e bem-estar.

