O escultor Sergio Camargo, conhecido por suas obras em relevo branco e formas cilíndricas que parecem captar a luz, é homenageado em uma imersiva exposição no Foyer da Sala Villa-Lobos, no Teatro Nacional Claudio Santoro, em Brasília. A mostra, promovida pelo Metrópoles, vai além da escultura e apresenta também o lado menos conhecido do artista: sua produção poética. A exposição segue aberta ao público até 6 de março de 2026.
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Intitulada “É Pau, É Pedra…”, a exposição foi inaugurada em 10 de dezembro em um evento prestigiado por autoridades e apreciadores das artes. Além das esculturas que consagraram Camargo como um dos maiores nomes da arte brasileira, a mostra inclui trechos de seus poemas e pensamentos, publicados no livro “Preciosas Coisas Vãs Fundamentais”.
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A poesia de Camargo reflete os mesmos princípios que orientam sua escultura: silêncio, ritmo, repetição e vazio. Seus versos funcionam como esboços líricos, pequenas construções verbais que ecoam sua busca por formas puras e essenciais.
Um exemplo disso está em um de seus poemas: “Por dever ao / prumo que obriga / me aprumo / e dele não saio”. A escrita era, para Camargo, uma extensão de seu processo criativo, um modo de organizar o mundo por meio de palavras, tal como fazia com a matéria.
A mostra revela um artista que via a arte como algo expandido, que ultrapassa o fazer manual e se estende ao pensamento e à linguagem. Em sua produção poética, Camargo moldava ideias com a mesma precisão com que esculpia o mármore.
O Metrópoles, responsável pela realização da exposição, reforça com essa iniciativa seu compromisso com a valorização da cultura nacional, promovendo também moda, música e esporte. O espaço escolhido para a exibição, o Teatro Nacional, já foi palco de eventos como o Metrópoles Catwalk, que destacou Brasília como centro criativo do país.
A entrada é gratuita e a visitação ocorre até março de 2026, convidando o público a mergulhar no universo sensível e multifacetado de Sergio Camargo.

