O que parecia uma história incomum de afeto entre homem e animal terminou de forma brutal e chocante na Rússia. Sergey Grigoriev, um caçador de 41 anos, foi encontrado morto após ser atacado pelo urso pardo que ele havia criado desde filhote, em sua propriedade na região de Chelyabinsk.
Segundo relatos, Grigoriev adotou o urso ainda pequeno em 2014 e o manteve como se fosse um animal de estimação. Durante anos, a convivência deu a impressão de companheirismo, reforçando a ideia de que o animal estava “domesticado”, apesar de sua natureza selvagem.
A tragédia veio à tona quando parentes e vizinhos estranharam a falta de contato com o caçador. Ao irem até o local, encontraram o urso vagando livremente pela propriedade. Os restos mortais de Grigoriev estavam reduzidos a um estado esquelético, indicando que ele havia sido atacado e devorado.
Durante a tentativa de resgate, um cachorro que acompanhava os familiares acabou sendo morto pelo urso. A situação exigiu a intervenção da polícia, que, diante do risco à comunidade, tomou a difícil decisão de sacrificar o animal.
O caso gerou forte comoção e reacendeu o debate sobre a ética e os riscos de criar animais selvagens em cativeiro. Especialistas alertam que, mesmo quando criados desde filhotes, predadores como ursos mantêm instintos imprevisíveis, que podem se manifestar a qualquer momento.
A morte de Sergey Grigoriev se tornou um alerta trágico sobre os limites entre afeto humano e a natureza selvagem. O episódio reforça que, por mais forte que pareça o vínculo, animais desse porte nunca deixam de ser um perigo — e ignorar essa realidade pode custar a própria vida.

