As gêmeas Bianca e Mariana Corrêa, de 12 anos, nasceram prematuras na 33ª semana de gestação, em São Pedro da Aldeia (RJ), e passaram 12 dias internadas na UTI Neonatal. Hoje, cada uma segue carreira como atleta de alto rendimento, uma no hipismo e a outra na ginástica.
A mãe, Vanessa Corrêa, 38, psicóloga, conta que as filhas têm personalidades e interesses diferentes. “A Mariana, que faz ginástica, tem Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) e, mesmo com toda a hiperatividade, tornou-se uma grande atleta. Ela vai para o campeonato brasileiro esse ano. Já Bianca se descobriu junto dos cavalos. A calma e a segurança que ela passa para os animais a colocaram no 3º lugar, em um campeonato estadual, no Rio de Janeiro”, disse à Crescer.
++ Campanhas da Zara são banidas no Reino Unido por incentivar a “magreza irresponsável”
Vanessa relembra que a gestação foi planejada, mas não esperava ter gêmeos. “Ninguém tinha gêmeos na família. Quando descobri, no exame de ultrassom, entrei em uma crise que misturava medo, risada e desespero”, contou. No sexto mês, a pressão arterial subiu e as meninas nasceram de forma prematura. Mariana pesou 2 kg e Bianca 1,8 kg, mas ambas perderam peso nos primeiros dias. “Elas nasceram saudáveis, só muito magrinhas. Não precisaram tomar medicação, nem ficar no oxigênio”, disse.
Durante a internação, Vanessa visitava as filhas todos os dias e pôde fazer o método canguru. “A partir daí, elas começaram a ganhar peso e a se desenvolver ainda mais. Era como se cada batida do meu coração fortalecesse o delas”, afirmou. Ela lembra que, apesar da felicidade no dia da alta, havia medo pela fragilidade das meninas.
Após o nascimento, Vanessa deixou o emprego para se dedicar integralmente às filhas até completarem 11 anos. Nesse período, estudou Psicologia e hoje atua como psicóloga hospitalar.
Bianca passou por vários esportes antes de encontrar o hipismo aos 7 anos, quando a mãe comprou um cavalo. “Foi ali que eu percebi que ela não só amava os cavalos, mas também tinha um dom. Era algo diferente, uma conexão profunda, quase mágica”, disse Vanessa. Aos 10 anos, a menina conquistou o 3º lugar no Campeonato Estadual do Rio de Janeiro e, desde então, treina para competições.
Mariana começou na ginástica aos 6 anos. Depois do diagnóstico de TDAH, intensificou os treinos e, aos 8, entrou para o alto rendimento. Em 2023, passou a treinar quatro horas por dia. “Foi preciso abrir mão de muita coisa, mas, por elas, eu faria tudo de novo. Ser mãe também é isso: estar presente, apoiar, acreditar, mesmo quando o caminho é difícil”, afirmou.
Neste ano, Mariana vai competir no Campeonato Brasileiro. “Ver tudo o que ela conquistou com tanto esforço, disciplina e paixão me emociona profundamente. Ela é uma menina incrivelmente dedicada, comprometida não só com o esporte, mas também com os estudos e com tudo que acredita. E eu… eu sigo aqui, na torcida mais forte que ela vai ter na vida”, finalizou.
Não deixe de curtir nossa página no Facebook, no Twitter e também no Instagram para mais notícias do 111Next.