Recentemente, pesquisadores do Museu Field de História Natural, dos Estados Unidos, descobriram registros fósseis de uvas do Hemisfério Ocidental que datam de 19 a 60 milhões de anos atrás.
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A descoberta sugere que a extinção dos dinossauros criou condições ideais para o surgimento dessas frutas, base para a produção de vinho.
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Estudos anteriores indicavam que os primeiros registros de uvas vinham da Índia, com cerca de 66 milhões de anos, época do impacto do asteroide de Chicxulub.
Os novos fósseis foram encontrados na Colômbia, Panamá e Peru, datando aproximadamente do mesmo período.
Fabiany Herrera, que liderou o estudo, explicou que a extinção dos grandes répteis alterou a composição das florestas, permitindo que plantas trepadeiras, como as uvas, prosperassem.
Mónica Carvalho, coautora do artigo, acrescentou que sem dinossauros para derrubar árvores, as florestas tropicais ficaram mais densas, favorecendo o crescimento de plantas como as uvas.
Além disso, a diversificação de aves e mamíferos, que espalham sementes ao comer frutas, ajudou na disseminação dessas plantas.
A descoberta dos fósseis foi inspirada por um estudo de 2013 sobre a semente de uva mais antiga conhecida. Em 2022, Herrera encontrou um fóssil de 60 milhões de anos nos Andes colombianos. Com tomografias computadorizadas, confirmou-se a identidade da semente, nomeada Lithouva susmanii.
Gregory Stull, colaborador do estudo, destacou que a nova espécie apoia uma origem sul-americana do grupo de videiras comuns. A equipe identificou nove novas espécies de uvas fósseis na América do Sul e Central.
Os fósseis mostram que as uvas são resilientes, sobrevivendo a muitas extinções. Este estudo ajuda a entender como as crises de biodiversidade se desenvolvem, oferecendo insights valiosos para a extinção em massa que o planeta enfrenta atualmente.
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