O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) negou o pedido de prisão temporária de Alessandro Neves dos Santos, que confessou ter matado Sarah Picolotto dos Santos Grego, de 20 anos. A jovem, natural de Jundiaí, havia desaparecido em 9 de agosto e foi encontrada morta em uma área de mata em Ubatuba no dia 15, após o próprio acusado indicar o local às autoridades.
A prisão havia sido solicitada pelo Ministério Público e executada por agentes do Setor de Investigações Gerais (SIG), mas foi negada pela 2ª Vara de Ubatuba. Em nota, o TJSP afirmou que, apesar da gravidade do crime, a prisão temporária é uma medida excepcional e só deve ser aplicada quando estritamente necessária para o andamento das investigações, conforme determina a Lei 7.960/89. O tribunal destacou ainda que a postura colaborativa do investigado não representa risco imediato às diligências e autorizou outras medidas cautelares, como buscas e apreensões e quebra de sigilos.
Segundo o depoimento de Alessandro, ele conheceu Sarah no mesmo dia do crime. A jovem teria consumido drogas e álcool antes de ir para uma área de mata, onde teve relações sexuais com cinco homens. Após isso, ela teria ido até a casa do suspeito, onde mantiveram relações consensuais. Em seguida, os dois discutiram, e Alessandro a enforcou após um comentário que, segundo ele, o irritou — embora não tenha conseguido reproduzir o que foi dito. Ele então arrastou o corpo até a mata, escondeu-o sob a folhagem e jogou os pertences da vítima em um rio.
O corpo de Sarah foi encontrado nu e em estado avançado de decomposição, o que impossibilitou a realização de velório antes do sepultamento, ocorrido em 17 de agosto. A Polícia Civil segue investigando o caso, incluindo a possibilidade de um estupro coletivo de vulnerável.
