A argentina Sole Jaimes, 35, atacante, e a canadense Kelly Chiavaro, 28, goleira, conquistaram um novo título além do futebol: mães. Atualmente jogando para o Santos, elas têm uma filha, Aurora, de seis meses, concebida por inseminação artificial, com Sole carregando o bebê.
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“Eu sempre quis ser mãe, mas queria ter estabilidade primeiro. Aos 34, decidi que era o momento”, diz Sole. Kelly também sonhava com a maternidade jovem. “Sempre imaginei ter uma família antes dos 30 anos.”
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Aos 35 anos, Sole e Kelly decidiram tentar. Sole passou por exames e conseguiram quatro óvulos. A inseminação resultou em um único embrião, que foi implantado com sucesso. “Acreditei que se era para ser, seria”, celebra Sole.
A jornada até o positivo foi desafiadora. “Foi psicologicamente difícil. Na época, eu jogava para o Flamengo e continuei treinando durante o procedimento”, conta Sole. Ansiosas, fizeram testes de gravidez prematuramente, resultando em falsos negativos. Finalmente, em 6 de junho de 2023, o tão esperado positivo chegou.
Somente Sole tirou licença-maternidade de cinco meses, retornando aos treinos em três meses. Kelly voltou ao trabalho um dia após o nascimento de Aurora. Jogar no mesmo time facilitou a rotina familiar. “Os clubes foram compreensivos e forneceram apoio, permitindo que Aurora viajasse conosco”, diz Sole.
Em junho, a FIFA anunciou medidas de apoio às jogadoras durante a gestação, incluindo 14 semanas de licença-maternidade remunerada. “Essas leis são cruciais para a projeção de nossas vidas além do futebol”, afirma Sole. Kelly concorda: “A lei oferece mais direitos e possibilidades para as jogadoras.”
O casal planeja mais filhos. “Eu quero ter três filhos e talvez adotar”, diz Kelly. Desde que Sole fez o procedimento, muitas colegas buscaram a mesma clínica. “Nossa história inspira outras jogadoras a acreditar que é possível”, finaliza Kelly.
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