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Após 34 anos preso injustamente, homem deixa a cadeia e será indenizado em R$ 9 milhões

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Após passar 34 anos preso injustamente na Flórida, nos Estados Unidos, Sidney Holmes, de 57 anos, foi libertado e terá direito a uma indenização de US$ 1,7 milhão, equivalente a cerca de R$ 9 milhões. Ele havia sido condenado em 1989 a 400 anos de prisão, acusado de ser o motorista de fuga em um assalto à mão armada em 1988.

A condenação ocorreu mesmo sem provas físicas que o ligassem ao crime. O julgamento foi baseado em uma identificação considerada falha e na semelhança entre o carro de Holmes e o veículo usado pelos assaltantes. Anos depois, o caso foi reavaliado a partir de um pedido feito em 2020 ao Innocence Project of Florida, organização que atua na defesa de pessoas condenadas injustamente.

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A revisão feita pela Unidade de Revisão de Condenações (CRU) concluiu que não havia evidências confiáveis contra Holmes. Cinco dos seis especialistas independentes que analisaram o caso recomendaram a anulação imediata da sentença.

“Nunca perdi a esperança e sempre soube que esse dia chegaria. Mal posso esperar para abraçar minha mãe em um mundo livre pela primeira vez em mais de 34 anos”, declarou Holmes ao deixar a prisão.

O processo revelou falhas graves, incluindo a identificação equivocada de testemunhas e a desconsideração de diferenças entre o carro do acusado e o veículo envolvido no crime. O próprio irmão de uma das vítimas realizou investigações que reforçaram a inconsistência das acusações.

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Durante as mais de três décadas encarcerado, Holmes buscou manter a esperança. Ele se formou em cursos de culinária, informática e teologia, além de conquistar um diploma de associado. “Se você é inocente, se você não fez nada, nunca, simplesmente nunca desista”, afirmou.

Ao aprovar a indenização, o governador Ron DeSantis destacou que o pagamento busca reparar parte das perdas sofridas por Holmes. O ex-detento, no entanto, lembrou que nenhuma quantia será capaz de devolver o tempo perdido. “Não há dinheiro… nunca haverá dinheiro suficiente durante a vida para preencher todas as memórias. O tempo que eu perdi, eu perdi meu pai, sabe, perdi 34 anos sem ser filho do meu pai porque… eu era o único filho dele”, desabafou.

Além da compensação financeira, Sidney Holmes deve receber apoio do OIC of South Florida, organização que auxilia ex-detentos em processos de reintegração social, com treinamento e recolocação profissional.

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