
A macaca-prego fêmea que havia sido encontrada baleada na Rua Piratininga, na Gávea, Zona Sul do Rio de Janeiro, na semana passada, morreu neste domingo (21/9). O animal foi atingido por um disparo na região cervical, o que resultou em paralisia dos membros inferiores. Após o resgate, ela foi acolhida pelo Instituto Vida Livre, onde recebeu cuidados intensivos, incluindo aquecimento e alimentação assistida.
Exames de imagem revelaram que o projétil, um chumbinho, estava alojado na coluna da macaca, identificada como Maria. Durante um procedimento médico para a retirada da bala, Maria não resistiu à anestesia e faleceu. O Instituto lamentou a morte e criticou o tratamento dado aos crimes ambientais no Brasil, afirmando que a violência contra a fauna silvestre reflete a negligência generalizada no país.
O caso foi comunicado ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e à Polícia Civil. A Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente (DPMA) instaurou um procedimento investigativo para apurar as circunstâncias do disparo. Até o momento, não se sabe quem foi o autor do ataque.
A morte de Maria gerou comoção nas redes sociais e reacendeu o debate sobre a proteção da fauna silvestre no Brasil. O Instituto Vida Livre utilizou o caso para reforçar a importância de políticas públicas mais eficazes e punições mais severas para crimes ambientais.