Uma abordagem de trânsito que poderia terminar com uma multa acabou se tornando um encontro que mudou destinos. Em março deste ano, o policial Shawn Singleton parou Katelyn Ricchini por excesso de velocidade na Carolina do Norte (EUA). O que parecia ser apenas mais uma ocorrência se transformou em um gesto de humanidade registrado pela câmera corporal do agente.
Segundo o vídeo divulgado pelo Gabinete do Xerife do Condado de Cabarrus, Singleton informou que Ricchini havia sido flagrada em alta velocidade em uma via de 45km. A motorista rebateu, afirmando que já havia reduzido. O diálogo foi tenso, mas o policial decidiu aplicar apenas uma advertência. “Isso é um aviso para você reduzir a velocidade. Só isso. Sem multa, sem audiência no tribunal”, disse Singleton.
Nesse momento, a emoção tomou conta. Em lágrimas, Ricchini revelou que enfrentava uma luta para se manter sóbria e que sempre havia tido más experiências com policiais. “Não… a ansiedade está me matando. Estou limpa e sóbria agora, mas sempre tive más incidentes com policiais”, declarou.
Diante do desabafo, Singleton perguntou se poderia ajudar de alguma forma e ofereceu um abraço. “Você quer um abraço?”, perguntou. “Quero”, respondeu Ricchini, antes de se emocionar ainda mais.
Ela contou ao policial que havia se mudado para a Carolina do Norte para escapar de um relacionamento abusivo e reconstruir a vida, longe do filho de 5 anos, a quem pretendia reencontrar quando estivesse pronta. “Nunca abracei um policial antes”, disse no vídeo. Singleton respondeu com palavras de incentivo: “Não perca essa luta que está em você”.
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Meses depois, com 10 meses de sobriedade, Ricchini reencontrou Singleton e apresentou o filho. “Olha, este é um dos homens que salvou a minha vida”, afirmou.
Em entrevista à WSOC, ela explicou a importância daquele dia: “Eu estava pronta para desistir. Estava a caminho de provavelmente fazer algo que não seria do meu interesse. Ele me viu como pessoa, não como uma adicta. Ele viu meu coração”.
O Gabinete do Xerife destacou em comunicado que “às vezes, uma parada de trânsito não é apenas sobre aplicar a lei, é sobre gentileza que muda vidas”.
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