Nesta semana, o governo dos Estados Unidos decidiu anular o visto de entrada da historiadora Paula Coradi, que atualmente ocupa a presidência nacional do Partido Socialismo e Liberdade (PSOL). A própria dirigente confirmou a informação por meio de suas redes sociais, onde expressou sua indignação com a medida, classificando-a como uma retaliação de cunho político por parte do governo liderado por Donald Trump.
Segundo Coradi, a decisão reflete uma resposta direta à atuação firme do PSOL na defesa da soberania brasileira. Em sua publicação, ela declarou: “Tive meu visto dos EUA cancelado nesta semana, em uma evidente retaliação política do governo Trump à firme atuação do PSOL em defesa da soberania do Brasil. Se pensam que vão nos intimidar com essas medidas tacanhas, esses fascistas estão muito enganados.”
Além de Paula Coradi, outros nomes ligados ao sistema judiciário e ao governo brasileiro também tiveram seus vistos revogados. Entre eles estão Jorge Messias, atual advogado-geral da União; José Levi, que atuou como secretário-geral do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) durante a presidência de Alexandre de Moraes; Benedito Gonçalves, ex-ministro do TSE; e Airton Vieira, juiz auxiliar de Moraes no Supremo Tribunal Federal (STF).
A medida gerou reações no meio político e jurídico brasileiro, sendo interpretada por aliados de Coradi como uma tentativa de intimidação por parte do governo americano. O episódio levanta questionamentos sobre o impacto das relações bilaterais e o uso de instrumentos diplomáticos em contextos de divergência ideológica.
