Elsa Campodónico, mexicana de 31 anos, transformou obstáculos em combustível para alcançar o sonho de comandar aeronaves comerciais. Depois de quatro anos de estudos intensos e 180 horas de prática em voo, ela conquistou a certificação para pilotar.
Formada em Engenharia Civil pela Universidade Autônoma do Estado de México, Elsa iniciou sua trajetória no setor aéreo como comissária de bordo. No primeiro processo seletivo, foi rejeitada, mas não desistiu. Tentou novamente e conseguiu ingressar em uma das principais companhias aéreas do país, onde passou a voar pelo México e pelo mundo.
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O desafio seguinte veio de um colega de trabalho, que a encorajou a estudar para piloto. A ideia parecia distante, já que Elsa tinha um emprego estável. No entanto, a paixão pela aviação falou mais alto. “A equação era simples: se eu conseguisse me formar, poderia voar mais 20 anos como piloto. Então dei o passo adiante”, recorda.
Ingressou na escola de aviação PRAAT e enfrentou as dificuldades de conciliar as longas horas de prática com o custo elevado e a distância até o aeroporto. Apesar disso, persistiu. “Mesmo sem ter familiares pilotos, não me intimidei. Transformei os obstáculos em desafios e conquistei meu espaço”, diz.
Na empresa em que atua, há 1.835 pilotos, mas apenas 100 são mulheres. Elsa se orgulha de fazer parte desse grupo em um setor ainda dominado por homens. Ela lembra que, quando começou os estudos, apenas três mulheres estavam na turma. Hoje, já são mais de 20.
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As raízes humildes também fazem parte de sua motivação. Na infância e juventude, trabalhou como vendedora de milho. “Ainda com circunstâncias adversas, é possível conquistar os objetivos”, afirma.
Hoje, com a admiração do filho e dos pais, Elsa celebra cada conquista. “Meu filho me admira, e pude levar meus pais para viajar para outros países. Isso não tem preço”, diz.
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