Um exame de rotina para verificar um problema de visão mudou completamente a vida de uma família em Staffordshire, na Inglaterra. George Gibson, de 30 anos, e a esposa, Laura, de 31, levaram a filha de dois anos, Harper, para uma consulta oftalmológica após notarem que o olho da menina havia ficado “preguiçoso” em poucas semanas. A expectativa era que ela precisasse apenas de óculos, mas o resultado trouxe um alerta grave.
“Seu nervo óptico estava extremamente inchado, e o optometrista interrompeu o exame imediatamente e nos enviou direto para o pronto-socorro”, contou George ao Newsweek.
Antes disso, Harper havia sido atendida diversas vezes com sintomas de cansaço e dor, mas sempre com diagnósticos leves. “Diziam para ela descansar, mas era só o que ela fazia. Ela acordava várias vezes à noite gritando de dor, mas não conseguia nos dizer o que sentia”, lembrou Laura.
Dois dias após o exame, em 14 de agosto, a menina foi levada à cirurgia para a retirada de um tumor de cerca de quatro centímetros do cérebro. O procedimento, que durou nove horas, também incluiu a colocação de um dreno para o excesso de líquido.
O laudo posterior confirmou o diagnóstico de meduloblastoma, um tipo agressivo de câncer que afeta o cerebelo, área do cérebro responsável pelo equilíbrio e coordenação motora. A doença é o tumor cerebral maligno mais comum na infância, responsável por cerca de 20% dos casos em crianças. “Quando recebemos a notícia, a vida parou por um momento. Ficamos sem palavras. Mas foi descoberto no melhor momento possível”, disse George.
Harper iniciou o primeiro de seis ciclos de quimioterapia no fim de agosto. Segundo os pais, a menina tem reagido com força. “Ela nem percebe que está doente e é lindo ver isso”, afirmou Laura.
George contou que, apesar dos efeitos colaterais como queda de cabelo e falta de apetite, a filha mantém o bom humor. “Quando uma rodada termina, ela volta a rir, brincar e encher o hospital de vida”, disse.
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Os pais também decidiram compartilhar a jornada da filha no Instagram com o objetivo de apoiar outras famílias em situações semelhantes. “Se você não fala sobre isso, pode enlouquecer. É melhor tentar colocar positividade na situação”, explicou George.
Ele reforçou que, antes da doença da filha, não tinha ideia da gravidade do câncer infantil: “Nunca achamos que aconteceria conosco. Mas quando acontece, você precisa aceitar e seguir em frente. Estamos tentando medicá-la com amor e positividade”. Laura acrescentou: “Sempre digo que ela vai mudar o mundo a cada passo positivo que der”.
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