A visita do príncipe William ao Brasil em novembro está gerando grande expectativa. O herdeiro do trono britânico participará de dois eventos oficiais: o Prêmio Earthshot, no Rio de Janeiro, no dia 5, e a Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas (COP30), em Belém, no dia 10.
Durante o jantar do Earthshot Prize, premiação ambiental idealizada por William, o príncipe solicitou que o cardápio fosse totalmente livre de ingredientes de origem animal. A exigência, no entanto, levou o chef paraense Saulo Jennings a recusar o convite para comandar a cozinha do evento, que contará com cerca de 700 convidados.
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Jennings, que lidera um restaurante em Belém conhecido por valorizar sabores amazônicos, explicou que sua decisão não teve relação com o veganismo em si. Segundo ele, seu estabelecimento foi pioneiro em oferecer opções sem carne na região. O impasse surgiu porque, ao excluir ingredientes típicos da Amazônia de origem animal, ele sentiu que não poderia apresentar a verdadeira essência da culinária local.
O chef questionou a contradição de britânicos, vindos da terra do tradicional “fish and chips”, recusarem o consumo de peixes. No entanto, a família real segue protocolos alimentares rigorosos durante viagens, evitando frutos do mar, carnes malpassadas, alimentos crus, chocolate e pratos com temperos intensos, visando prevenir eventuais problemas de saúde.
Com a saída de Jennings, a responsabilidade de elaborar o menu do jantar foi assumida pela chef carioca Tati Lund. Conhecida por seu restaurante que serve exclusivamente pratos vegetarianos, Tati é referência na gastronomia sem carne e recentemente teve seu restaurante eleito o terceiro melhor vegetariano do Rio de Janeiro pelo Prêmio Rio Show Gastronomia.
A mudança no comando da cozinha reforça o compromisso do evento com práticas sustentáveis e respeita as exigências alimentares da realeza britânica, sem deixar de valorizar a culinária brasileira adaptada a esse contexto.