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Após superar depressão e relação abusiva, jovem decide mudar de vida e viajar o mundo: “Sonhei tantos anos com o que tenho hoje”

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Aos 15 anos, Gabriela Waked enfrentou um quadro severo de depressão que a deixou um mês sem sair da cama. Com o apoio da terapia, ela conseguiu retomar a rotina, mas logo se viu em um relacionamento abusivo que abalou ainda mais sua saúde mental. O desejo de se libertar desses ciclos marcou o início de uma virada em sua vida. Anos depois, após enfrentar também um problema de saúde, a jovem decidiu mudar completamente de rumo e realizar um antigo sonho de viajar o mundo. Hoje, ela vive das experiências que compartilha nas redes sociais e já passou por 72 países.

“Minha vontade de viajar veio depois da minha depressão e do meu relacionamento abusivo. Acho que quando você está nessas situações, você não vê futuro. Você não entende porque está aqui e o que está fazendo, não enxerga algo para além de uma semana. É como se você não conseguisse ver o amanhã e nada fizesse sentido, porque está muito minada de energia. Quando consegui sair [dessas situações], comecei a entender que existia um ‘depois’, e aí veio essa vontade de viajar”, contou em entrevista à Marie Claire.

Sem referências de pessoas próximas que também sonhassem em conhecer novos lugares, Gabriela desenvolveu esse desejo sozinha. “Ninguém na minha vida fazia isso, mas eu precisava viajar. Acho que era uma busca por algo a mais. Tinha que existir outras vidas, outras histórias, outros mundos. Para mim, viajar é isso: entender que a vida na qual você cresceu e as pessoas à sua volta não são tudo”, disse.

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Determinada a transformar o sonho em realidade, começou a trabalhar aos 17 anos para juntar dinheiro e financiar a primeira viagem. A jovem trabalhou em festa infantil, como assistente e em agência de viagens. Economizou cada centavo para pagar sua primeira viagem.

Em 2017, aos 20 anos, embarcou pela primeira vez para o exterior. O destino foi o Peru, onde atuou como voluntária em uma ONG local. Segundo Gabriela, quando voltou ao Brasil, chorou todos os dias. “Pensava: ‘Essa é a vida que eu quero. O que estou fazendo aqui? Quero estar lá!’”, contou.

Mesmo cumprindo a promessa de terminar a faculdade, Gabriela decidiu em 2019 trancar o curso e se mudar para Portugal, onde cursou parte da graduação e trabalhou como garçonete. Pouco depois, iniciou um mochilão pela Europa, interrompido pela pandemia de Covid-19. “Peguei uma passagem para o Brasil no dia em que declararam pandemia mundial. Todos os voos foram cancelados, mas anunciaram um único com destino ‘Roma – Rio de Janeiro’. Eu e sete outros brasileiros fomos os únicos que saímos do aeroporto naquele dia”, relatou.

Meses depois, a viajante enfrentou um novo desafio ao ser diagnosticada com uma fístula, que exigiu cinco cirurgias e oito meses de tratamento. “Fiquei muito de cama durante todo esse processo. Foi um momento de bastante incerteza”, afirmou. Durante a recuperação, ela retomou a terapia e aprendeu a ressignificar o que viveu. “Ver o lado negativo das coisas é uma perda de tempo”, refletiu.

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Com uma nova perspectiva, Gabriela decidiu recomeçar. Em 2022, já formada, iniciou oficialmente sua volta ao mundo. Com R$ 20 mil em economias, um emprego remoto e o plano de viajar por um ano, ela começou pela África, em um roteiro de trabalho voluntário. “Terminei meu namoro e até me demiti do meu trabalho para me dedicar exclusivamente à criação de conteúdo. Percebi que não tinha como voltar para o Brasil em um ano. Isso aqui não tem como parar”, revelou.

Hoje, ela vive integralmente de suas viagens, sem endereço fixo. “Virou meu trabalho e hoje faz três anos e meio que estou nessa, sem plano nenhum de parar”, contou. A criadora de conteúdo também destacou o aprendizado de viajar sozinha. “Hoje, por viajar sozinha, tenho um sexto sentido que antes eu não tinha. Você aprende a lidar muito mais com as situações e a saber se retirar. Acredito que uma mulher que viaja é muito mais protegida do que uma pessoa que nunca sai de casa”, defendeu.

Após anos se sentindo deslocada, Gabriela diz ter encontrado o sentido de liberdade. “Só eu tenho a vida que eu quero ter e estou exatamente onde eu gostaria de estar. Para mim, isso é liberdade”, declarou.

“Sonhei tantos anos com a vida que tenho hoje, que acredito que isso continua sendo o meu sonho. Agora que tenho a vida que sempre quis, quero me tornar a pessoa que sempre quis ser”, afirmou.

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