O paraibano Joelison Fernandes da Silva, conhecido como Ninão, de 40 anos, e reconhecido como o homem mais alto do Brasil, passou por uma nova cirurgia para amputação da perna esquerda no último dia 17 de outubro, no Hospital de Clínicas de Campina Grande, na Paraíba. Com 2,37 metros de altura, ele já havia perdido a perna direita em 2021, após ser diagnosticado com osteomielite, uma infecção grave nos ossos.
Segundo o coordenador médico do hospital, Alisson Mendes, a nova amputação foi necessária devido a uma infecção causada pelo diabetes. “Uma infecção de partes moles do corpo não tratada adequadamente pode evoluir para uma infecção no osso, e foi o que ocasionou a situação do nosso Ninão”, explicou ao portal Hugo Gloss.
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O procedimento foi realizado cerca de 20 centímetros acima do pé, na mesma altura da amputação anterior. Ninão deve retornar ao hospital em 17 de novembro para retirada dos pontos e, a partir daí, continuará o acompanhamento em nível ambulatorial.
Natural de Assunção, no interior da Paraíba, Ninão foi diagnosticado na adolescência com gigantismo, condição que causa crescimento excessivo do corpo. Aos 14 anos, ele já media 1,95 metro e iniciou tratamento para tentar desacelerar o crescimento.
Em entrevista à coluna de Carlos Madeiro, do UOL, Ninão contou que, ao perder a primeira perna, já havia sido alertado sobre o risco de complicações no outro membro. “Quando o médico foi amputar a perna direita, falou para eu ter cuidado com a esquerda, porque ela tinha o mesmo problema, a osteomielite, só que estava ‘dormindo’, quietinha”, disse.
Nos últimos meses, ele voltou a apresentar feridas e úlceras no pé esquerdo. “Como já tinha sido diagnosticado há quatro anos, sabia o que estava acontecendo. Muita gente dizia: ‘vamos tratar que vai dar certo’, mas eu sabia que não teria como recuperar o osso, porque ele já estava todo infectado”, contou.
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Mesmo realizando curativos paliativos em um posto de saúde, o quadro se agravou. “Eu sabia que a infecção podia subir e precisaria cortar mais de cima, então decidi procurar logo o Hospital das Clínicas”, relatou. Ao chegar à unidade, o exame clínico já mostrava necrose e comprometimento do tecido. “Após avaliação do cirurgião vascular, decidimos fazer [a amputação] para eu ter uma qualidade de vida melhor. A vida de um amputado, de um deficiente, não é fácil. Mas estou sem dor e não estar indo a hospitais já é uma vitória”, afirmou.
Atualmente, Ninão vive com os pais e sobrevive com um salário mínimo de aposentadoria pelo INSS. Ele busca arrecadar recursos para comprar uma cadeira de rodas motorizada e uma prótese para a perna esquerda, já que possui uma doada para a direita. “De agora em diante vai ser um pouco mais difícil. Eu tinha só uma perna e já era complicado. Agora, sem as duas? Mas vou seguir em frente”, declarou.
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