Após uma reunião bilateral entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e Donald Trump, atual presidente dos Estados Unidos, o governo norte-americano deu os primeiros sinais de aproximação com o Brasil. De acordo com diplomatas do Itamaraty, Washington manifestou vontade de se envolver em projetos de exploração de materiais utilizados na produção de turbinas e em tecnologias avançadas de defesa — um tema que, segundo interlocutores, desperta grande interesse na Casa Branca.
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Essa possível cooperação deverá ser debatida em um encontro agendado para novembro entre representantes dos dois países. Do lado brasileiro, participarão o ministro da Fazenda, Fernando Haddad; o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Geraldo Alckmin; e o chanceler Mauro Vieira. Representando os EUA, estão confirmados o secretário de Estado, Marco Rubio, e o representante de Comércio, Jamieson Greer.
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Entre os temas da pauta estão a redução de tarifas comerciais e o fim de sanções aplicadas a autoridades brasileiras. O Brasil pretende solicitar aos EUA a revogação das penalidades da Lei Magnitsky contra o ministro Alexandre de Moraes.
O movimento ocorre em um momento estratégico. Na mesma semana, Trump se reuniu com o presidente chinês Xi Jinping e anunciou a flexibilização de tarifas sobre produtos chineses. A iniciativa visa facilitar o acesso dos EUA às chamadas terras raras — minerais essenciais para a indústria de defesa — diminuindo, assim, a dependência norte-americana da China nesse setor.
A aproximação com o Brasil pode ser parte de uma estratégia mais ampla dos EUA para diversificar suas parcerias tecnológicas e comerciais, especialmente em áreas consideradas sensíveis e estratégicas para a segurança nacional.

