A vida de Mackenzie Paul mudou em agosto de 2023, quando, aos 23 anos, foi diagnosticada com leucemia mieloide aguda. Estudante do segundo ano da Faculdade de Medicina da Universidade Estadual de Michigan e ex-jogadora de vôlei universitário, ela passou mal no primeiro dia de aula e desmaiou no hospital. Sete semanas depois, recebeu a confirmação da doença.
Desde então, a jovem passou por um transplante de medula óssea, uma série de internações e complicações, incluindo pneumonia grave e recaídas. Hoje, aos 26 anos, ela segue o tratamento no MD Anderson Cancer Center, em Houston, no Texas, e afirma que a fé e a arte se tornaram essenciais para manter a esperança. “Eu acreditei que faria o transplante e voltaria à minha vida como estudante de medicina. Nunca imaginei que, mais de dois anos depois, ainda estaria lutando pela minha vida e, agora, por um milagre”, contou à People.
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Durante o tratamento, Mackenzie começou a compartilhar nas redes sociais vídeos sobre o cotidiano e pequenas vitórias. “Com o tempo, as pessoas começaram a acompanhar, enviar mensagens e oferecer apoio. Essa conexão me devolveu a esperança e o propósito”, relatou.
Quando o câncer retornou no verão de 2024, Mackenzie passou a desenhar como forma de enfrentamento. Dessa iniciativa nasceu o My Mantra Project, perfil no Instagram em que retrata pessoas em tratamento contra o câncer, dependência química ou transtornos mentais, acompanhados dos mantras que os motivam. “Ouvir e compartilhar essas histórias tem sido empoderador e profundamente inspirador”, disse.
Além dos retratos, Mackenzie também começou a escrever poemas durante o período em que esteve internada. Entre as obras, uma das mais marcantes é I Am the Storm (Eu sou a tempestade), inspirada em seu mantra pessoal. “Tem sido meu lema nos últimos dois anos e continua me dando força para seguir lutando todos os dias. Um dos meus dizeres favoritos é: ‘Meus médicos dizem que sou terminal, mas eu digo que sou um milagre’”.
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Mesmo diante das incertezas, Mackenzie segue firme. Recentemente, foi informada de que o câncer se tornou resistente ao tratamento. “Ouvir aquelas palavras foi incrivelmente difícil, especialmente com minha mãe ao meu lado. Mas acreditamos em um Deus curador, no poder da oração e dos milagres. Eu disse ao meu médico: ‘Vou te provar o contrário’, e ele respondeu: ‘Espero que sim’”.
Casada desde dois meses antes do diagnóstico, ela reconhece o apoio do marido como essencial: “Não consigo imaginar passar por tudo isso sem ele ao meu lado. Ele tem sido meu alicerce em cada recaída, cada internação e cada momento de incerteza”.
Ao reunir suas experiências em arte e poesia, Mackenzie busca representar aquilo que nem sempre é possível expressar em palavras. “Por isso o título do meu livro é This Is What It Feels Like (É assim que se sente), porque a maioria das pessoas não entende como realmente é. Minha esperança é que ajude outros lutadores a se sentirem menos sozinhos e que dê aos demais uma compreensão mais profunda do que vivemos”, finalizou.
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