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Povos indígenas transformam COP na Amazônia em palco de resistência e celebração

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Painel da COP30 em Belém destaca a Amazônia como palco central do debate climático global. (Foto: Instagram)

Durante a Conferência do Clima realizada na Amazônia, dois mundos distintos se encontraram: o da COP oficial, restrita à chamada Zona Azul, e o da mobilização indígena e popular que se formou em seu entorno. A Zona Azul, espaço blindado por forças de segurança e com clima artificial, tenta simular uma conexão com a natureza através de painéis e algumas plantas decorativas. No entanto, para os povos originários que viajaram de diversas partes do planeta, a verdadeira floresta sobrevive graças à resistência desses mesmos povos. Como afirmam: “Nós somos a resposta”. E, com isso, decidiram realizar sua própria COP.

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A movimentação começou com duas manifestações de indígenas da bacia do Tapajós logo no início da conferência. Em uma delas, os manifestantes romperam o bloqueio e entraram na Zona Azul; na outra, exigiram e conseguiram acesso. No sábado, 15 de novembro, uma marcha inédita tomou as ruas de Belém — mas não foi um protesto comum: foi uma celebração. Para os indígenas, lutar é também festejar, e isso é levado com seriedade.

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Diversos grupos se somaram ao movimento: artistas, professores, catadores, LGBTQ+, costureiras e vendedores ambulantes. Juntos, transformaram a manifestação em um desfile de cores, ritmos e espiritualidade. Personagens do folclore amazônico, como a cobra gigante e Matinta Pereira, também marcaram presença. A alegria virou combustível para denunciar os grandes vilões da floresta — petróleo, mineração e agronegócio.

Na segunda-feira seguinte, os indígenas voltaram às ruas com uma marcha própria. “Onde pisamos, as plantas crescem”, declarou Amõkanewy Kariú, do povo Kariú. Estudos científicos hoje confirmam o que os povos originários sempre souberam: parte da floresta amazônica foi cultivada por seus antepassados.

Resta saber se essa pressão popular terá impacto real nas decisões tomadas na Zona Azul, onde discussões ainda giram em torno de temas que deveriam ter sido resolvidos há anos. Apesar das críticas, há o reconhecimento de que o debate multilateral é melhor do que o silêncio — mesmo que ele avance lentamente diante do colapso ambiental.

A COP deste ano está cercada como nunca. E os povos indígenas, com sabedoria ancestral, seguem atentos. Afinal, como ensinam os mais velhos: é preciso desconfiar das caravelas.

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