
Varanda da suíte presidencial no Four Seasons Resort Dubai at Jumeirah Beach, reservada por Daniel Vorcaro. (Foto: Instagram)
Daniel Vorcaro, presidente do Banco Master e figura central de uma investigação de fraude de R$ 12 bilhões, foi preso pela Polícia Federal no momento em que se preparava para deixar o país em um jato particular. Documentos indicam que ele havia reservado a suíte presidencial do luxuoso Four Seasons Resort Dubai at Jumeirah Beach, com estadia entre os dias 18 e 22 de novembro, ao custo de R$ 524 mil.
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A PF suspeita que Vorcaro planejava fugir, já que o plano de voo do avião indicava Malta como destino final, e não Dubai. A defesa, no entanto, afirma que a parada em Malta seria apenas para reabastecimento, e que o empresário tinha compromissos comerciais com investidores nos Emirados Árabes.
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A suíte reservada por Vorcaro tem 600 metros quadrados e oferece um nível de luxo extremo: elevador privativo, bar, escritório, academia, quartos com roupas de cama de plumas e uma ampla varanda com vista para o mar. A reserva foi feita no dia 16 de novembro, segundo mensagens trocadas entre Vorcaro e uma agência de viagens via WhatsApp.
Nos diálogos, Vorcaro pediu a reserva de terça a sábado e recusou serviços adicionais como motorista e concierge. Ele também confirmou que viajaria acompanhado da namorada, Martha. Um funcionário da agência sugeriu outra unidade do Four Seasons, mas Vorcaro preferiu a do Jumeirah Beach.
A equipe do banqueiro ainda solicitou ao hotel a preparação de uma sala equipada para uma conferência com dez convidados “VIPs”, supostamente para discutir a venda do Banco Master com investidores árabes. A defesa diz que os registros dessas conversas serão usados para comprovar que a viagem tinha fins comerciais.
Martha embarcou em outro jato particular rumo a Dubai, partindo de Miami, mas retornou ao Brasil ao saber da prisão de Vorcaro. O empresário foi levado à sede da PF em São Paulo. Ele é alvo da Operação Compliance Zero, que investiga fraudes no Banco Master. A Justiça Federal autorizou buscas em endereços ligados ao banqueiro, e o Banco Central decretou a liquidação extrajudicial da instituição, impedindo sua venda.

