
Tornozeleira eletrônica usada por Jair Bolsonaro é alvo de perícia após tentativa de violação. (Foto: Instagram)
A defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) tem até as 16h30 deste domingo (23/11) para apresentar ao Supremo Tribunal Federal (STF) uma explicação sobre a tentativa de danificar a tornozeleira eletrônica que ele é obrigado a usar. A exigência foi determinada pelo ministro Alexandre de Moraes, após um relatório da Secretaria de Administração Penitenciária do Distrito Federal (SEAP-DF) relatar a tentativa de violação do equipamento.
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Segundo o documento, Bolsonaro tentou abrir a tornozeleira utilizando um ferro de solda, o que causou marcas de queimadura visíveis na área de fechamento do dispositivo. A equipe de monitoramento registrou os danos e o próprio ex-presidente confirmou a tentativa aos servidores, o que, para Moraes, caracteriza uma violação intencional da medida cautelar que está em vigor desde julho.
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Diante da situação, Moraes determinou que a defesa de Bolsonaro entregue uma justificativa em até 24 horas. Após isso, a Procuradoria-Geral da República (PGR) terá o mesmo prazo para se pronunciar sobre os argumentos apresentados.
A tentativa de danificar o equipamento foi um dos principais motivos usados por Moraes para transformar a prisão domiciliar em preventiva. O ministro avaliou que o episódio evidencia risco de fuga, especialmente após a convocação de uma vigília por parte do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) e pela proximidade da casa do ex-presidente com a Embaixada dos Estados Unidos.
Paralelamente, a tornozeleira será analisada por peritos do Instituto Nacional de Criminalística da Polícia Federal (PF). Especialistas em microvestígios e eletrônica vão investigar os danos, as ferramentas utilizadas e possíveis interferências no funcionamento do aparelho.
Além disso, Bolsonaro deverá participar de uma audiência de custódia por videoconferência ao meio-dia deste domingo, conduzida por um juiz auxiliar de Moraes.
Na segunda-feira (24/11), os demais ministros da Primeira Turma do STF votarão em plenário virtual para decidir se mantêm ou não a decisão de Moraes sobre a prisão preventiva do ex-presidente.

