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Bolsonaro dá três versões para danificar tornozeleira; só uma foi levada à Justiça

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Bolsonaro apresentou três versões diferentes para dano em tornozeleira eletrônica (Foto: Instagram)

Jair Bolsonaro (PL) apresentou ao menos três justificativas diferentes para o dano causado à tornozeleira eletrônica que passou a usar por ordem do Supremo Tribunal Federal (STF) desde julho. Dentre essas versões, apenas uma foi formalmente apresentada à Justiça: a de que o ocorrido foi resultado de um surto.

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As outras duas explicações foram dadas de maneira informal. A primeira surgiu em um relatório da Secretaria de Administração Penitenciária do Distrito Federal (Seape), que dizia que Bolsonaro teria batido o equipamento numa escada. No entanto, a perícia descartou essa hipótese, apontando sinais de queimadura por toda a volta do dispositivo, especialmente na área de encaixe.

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Após o disparo do alerta de violação, uma diretora do Centro Integrado de Monitoração Eletrônica (Cime) foi até a casa de Bolsonaro. Lá, ele admitiu ter usado um ferro de solda por "curiosidade", mas negou ter rompido a tornozeleira. No entanto, no dia seguinte, durante audiência de custódia, o ex-presidente mudou a versão e afirmou que a ação foi motivada por um surto causado pela combinação de medicamentos.

Na audiência, Bolsonaro explicou que tomava Pregabalina e Sertralina, receitados por médicos diferentes, e que a interação entre os remédios teria causado confusão mental. Ele relatou ter acreditado que havia um dispositivo de escuta dentro da tornozeleira, o que o levou a tentar abri-la com o ferro de solda.

O ex-presidente também declarou que não dormia bem e que estava com sono fragmentado. Disse ainda que, no momento da ação, estava acompanhado da filha, de um irmão e de um assessor, todos dormindo, e que interrompeu a tentativa ao "cair na razão", comunicando o fato à equipe de monitoramento logo em seguida.

Essa foi a única justificativa apresentada oficialmente à Justiça. A violação da tornozeleira foi um dos elementos que levaram o ministro Alexandre de Moraes, do STF, a transformar a prisão domiciliar em preventiva, considerando também o risco de fuga e a mobilização convocada por Flávio Bolsonaro.

A tornozeleira será analisada pela Polícia Federal, que buscará identificar danos, vestígios e ferramentas usadas. A defesa de Bolsonaro foi notificada a apresentar explicações formais até a tarde deste domingo (23).

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