
Presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), é pressionado por aliados de Bolsonaro sobre anistia aos envolvidos no 8 de Janeiro. (Foto: Instagram)
Parlamentares aliados de Jair Bolsonaro intensificam articulações nesta semana para tentar colocar em votação o projeto de anistia aos envolvidos nos atos de 8 de Janeiro. A proposta também beneficiaria o próprio Bolsonaro, que está em prisão preventiva por decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
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Lideranças do PL afirmam que a estratégia é responsabilizar publicamente o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), por supostamente estar impedindo a tramitação da proposta. Segundo esses parlamentares, o projeto já teria apoio suficiente para ser aprovado no plenário da Casa.
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Apesar da pressão, Motta aguarda que o relator da proposta, deputado Paulinho da Força (Republicanos-PB), consiga negociar com os bolsonaristas uma alternativa mais branda: a redução de penas, em vez de uma anistia ampla, geral e irrestrita.
Aliados de Motta argumentam que, mesmo que a anistia seja aprovada na Câmara, ela dificilmente avançaria no Senado. Além disso, a medida poderia gerar um novo embate institucional com o STF, que já sinalizou considerar a proposta inconstitucional.
A ala bolsonarista, no entanto, acredita que o desgaste político de Motta — ampliado por críticas do PT após a aprovação do projeto de lei Antifacção — pode abrir caminho para que a proposta avance.
O cenário é de tensão crescente entre diferentes forças políticas na Câmara, refletindo a polarização em torno dos desdobramentos jurídicos e políticos dos atos do 8 de Janeiro. A semana promete ser decisiva para o futuro da proposta de anistia.

