
Sede do Banco Central do Brasil, em Brasília, em um dia de céu aberto e movimentação tranquila. (Foto: Instagram)
Nilton David, diretor de política monetária do Banco Central, afirmou nesta terça-feira (25/11) que o próximo passo da instituição deve ser a redução da taxa de juros. A declaração foi feita durante um evento promovido pela Eurofinance, em São Paulo. Segundo ele, a única dúvida é o momento exato para essa decisão.
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David destacou que, se a política monetária continuar sendo conduzida com êxito, conforme o esperado pelos membros do Banco Central, não há espaço para aumento dos juros. A possibilidade de corte está sendo considerada com base em um cenário de estabilidade econômica e inflação sob controle.
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Ele ressaltou que os investidores estão ansiosos por orientações claras para planejar aplicações de médio e longo prazo, mas o ambiente interno e externo ainda é incerto. Por isso, o Banco Central prefere aguardar que os dados econômicos confirmem o cenário desejado antes de agir.
Na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), a taxa básica de juros, a Selic, foi mantida em 15% ao ano. A decisão teve como justificativa a necessidade de manter as expectativas de inflação ancoradas, mesmo diante de sinais de desaceleração econômica e de um mercado de trabalho ainda sólido.
O Banco Central sinalizou que, apesar desse cenário, a manutenção da taxa pode perdurar por mais tempo, até que haja maior segurança para iniciar os cortes. David também afirmou que, caso o ambiente se torne mais adverso, a instituição não hesitará em tomar medidas para garantir que a inflação permaneça dentro da meta.
A meta de inflação estabelecida é de 3% ao ano, com margem de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos, sendo o limite superior de 4,5%. Dados do IBGE mostram que a inflação acumulada em 12 meses até outubro foi de 4,68%, ligeiramente acima do teto da meta.

