General Augusto Heleno revela diagnóstico de Alzheimer ao Exército Brasileiro. (Foto: Instagram)
Após determinação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), para o início do cumprimento de pena relacionada a uma tentativa de golpe, o general Augusto Heleno comunicou ao Exército que foi diagnosticado com Alzheimer em 2018. A informação foi registrada durante uma avaliação médica realizada no Comando Militar do Planalto, em Brasília, nesta terça-feira (25/11), com o objetivo de verificar seu estado de saúde geral e sua condição física atual.
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O diagnóstico reacendeu discussões sobre a evolução da doença, que é neurodegenerativa e atinge principalmente a memória recente, comprometendo progressivamente a autonomia do paciente. Segundo especialistas, o Alzheimer costuma ter início lento e pode permanecer em estágio leve por até uma década, dependendo de fatores genéticos, estilo de vida, controle de doenças associadas e acompanhamento médico.
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Após sete anos de evolução, é comum que o paciente esteja na fase intermediária da doença. De acordo com o neurologista Flávio Sekeff Sallem, nesse estágio surgem dificuldades mais consistentes para planejar tarefas, manter rotinas e realizar atividades mais complexas, embora a pessoa ainda consiga se comunicar e reconhecer familiares.
A progressão do Alzheimer não é medida apenas com exames de imagem. O geriatra Natan Chehter explica que testes cognitivos são mais eficazes para identificar o estágio da doença. Durante as consultas, os médicos avaliam aspectos como memória, linguagem, atenção e capacidade de organização, podendo recorrer a testes neuropsicológicos mais detalhados.
O Alzheimer se desenvolve em três estágios principais: leve, com esquecimentos recentes e pequenas falhas de organização; moderado, com perda de memória mais acentuada, desorientação e aumento da dependência; e grave, com dificuldades de comunicação, locomoção e necessidade de cuidados constantes.
De acordo com o Ministério da Saúde, o Alzheimer é a forma mais comum de demência no Brasil. Embora a progressão seja contínua, o ritmo varia de pessoa para pessoa, o que exige acompanhamento médico individualizado e frequente.
