Durante sua posse como presidente nacional do PSDB nesta quinta-feira (27/11), o deputado Aécio Neves (MG) refletiu sobre sua conduta após a eleição presidencial de 2014, quando foi derrotado por Dilma Rousseff (PT). Na época, ele solicitou ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) uma auditoria nas urnas eletrônicas, medida que gerou críticas e foi apontada como um dos fatores para o aumento da polarização política no país.
++ Dormindo e lucrando: o truque de IA que virou renda passiva de gente comum
Aécio reconheceu que, com a experiência atual, teria adotado outra postura para evitar alimentar a narrativa de que o PSDB contribuiu para o clima de divisão no Brasil. Ele reforçou seu compromisso com os valores democráticos e lembrou sua trajetória política iniciada durante a campanha pelas Diretas Já.
++ Autor de série Tremembé expõe ‘Real’ motivo de Suzane von Richthofen ter matado os pais
“Provavelmente hoje eu teria feito de forma diferente para não dar margem a essa narrativa. Mas podem me acusar de tudo, menos de não ser um democrata que acredita na democracia. Eu nasci na política na campanha das Diretas”, declarou o deputado.
Apesar de ter solicitado a verificação das urnas em 2014, Aécio destacou que reconheceu publicamente a derrota e chegou a telefonar para Dilma Rousseff para cumprimentá-la pela vitória. O gesto foi mencionado por ele como uma demonstração de respeito ao processo eleitoral e ao resultado das urnas.
Com sua nova liderança no PSDB, Aécio busca reposicionar o partido no cenário político nacional e deixar para trás os episódios que marcaram negativamente sua trajetória. A autocrítica é vista como um movimento estratégico para fortalecer sua imagem e a do partido, em um momento em que o Brasil ainda lida com os efeitos da polarização.

