Infecções por sarampo no mundo superam 10,3 milhões em 2023

Em 2023, o sarampo causou 107.500 mortes e um total de 10,3 milhões de casos confirmados, o que representa um aumento de 20% em relação ao ano anterior. A Organização Mundial da Saúde (OMS) informou que as crianças menores de cinco anos foram as mais afetadas pela doença, que é transmitida por um vírus altamente contagioso.

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Os sintomas mais comuns do sarampo incluem erupções cutâneas irregulares, que começam na face e se espalham para o resto do corpo, com manchas maiores. As complicações podem ser graves, como pneumonia, encefalite, cegueira, surdez e danos cerebrais. A doença também pode ser fatal, especialmente para bebês e crianças pequenas.

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De acordo com a OMS, um surto de sarampo é considerado pequeno quando há três ou mais casos relacionados, e preocupante quando há 20 ou mais casos por milhão de pessoas durante um ano. O sarampo pode ser prevenido com duas doses de vacina. A OMS estima que 22 milhões de crianças receberam a primeira dose da vacina, mas apenas 74% tomaram a segunda, a dose completa.

A OMS recomenda que a cobertura vacinal alcance 95% ou mais em todos os países e comunidades para evitar surtos. O diretor-geral da OMS, Tedros Ghebreyesus, afirmou que a vacina contra o sarampo foi responsável por salvar mais vidas do que qualquer outra vacina nos últimos 50 anos. Para proteger mais pessoas e impedir que o vírus afete os mais vulneráveis, ele sugeriu que se invista na imunização de todas as pessoas, independentemente de onde vivam.

Devido à queda na cobertura vacinal, 57 países enfrentaram surtos graves ou preocupantes em 2023, um aumento de quase 60% em relação ao ano anterior. A maior parte dos surtos ocorreu na África, que concentrou quase metade dos casos.

A OMS alertou que, apesar dos avanços, a eliminação do sarampo ainda é uma meta desafiadora. Até 2023, 82 países conseguiram eliminar a doença, mas os surtos nas regiões da África, Mediterrâneo Oriental, Europa, Sudeste Asiático e Pacífico Ocidental continuam a ser uma ameaça. A OMS enfatiza que, para alcançar a eliminação, é essencial melhorar os programas de vacinação e realizar campanhas de imunização de alta qualidade, especialmente em áreas vulneráveis ou afetadas por conflitos.

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