Pesquisa, educação e ativismo: Ambientalistas estão resgatando botos do RJ da extinção

O boto-cinza (Sotalia guianensis), já foi um símbolo da rica fauna marítima do Rio de Janeiro. Mas, atualmente, enfrenta um risco em meio a poluição industrial, o esgoto e a pesca predatória, que dizimaram 93% da espécie nas últimas quatro décadas.

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Antes presentes nas águas da Baía de Guanabara, os botos-cinza contavam com mais de 400 cetáceos na década de 1980. No entanto, segundo informações da Ecoa, do Uol, divulgadas na última terça-feira (30), hoje restam menos de 30. Essa drástica redução os coloca na categoria de Criticamente Ameaçados de Extinção na Lista Vermelha da IUCN, a União Internacional para a Conservação da Natureza.

Para combater esse declínio alarmante, ambientalistas e pesquisadores estão recorrendo à pesquisa, à educação e ao ativismo. Iniciativas para a criação de áreas protegidas, como o Parque Estadual de Cunhambebe na Baía de Sepetiba, têm demonstrado impacto positivo na conservação da espécie. Além disso, esforços para limpar a Baía de Guanabara e promover a conscientização ambiental estão em andamento.

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Flach, biólogo e cofundador do Instituto Boto Cinza, tem desempenhado um papel fundamental na proteção desses cetáceos. Seu trabalho de pesquisa na Baía de Sepetiba resultou na criação de uma reserva marinha e em iniciativas de educação ambiental que oferecem alternativas de renda sustentável para comunidades locais. No entanto, ele ressalta que mais ações são necessárias para garantir a sobrevivência dos botos-cinza.

“Aqui no Brasil, [o boto-cinza] é uma das espécies mais comuns em estuários e baías, mas ao mesmo tempo é uma das espécies mais ameaçadas. A gente freou bastante. Acredito que, se não tivesse o estudo, a gente teria uma mortalidade aumentando”, afirmou ao Ecoa.

Apesar das dificuldades, os especialistas enfatizam que ainda há esperança para a recuperação da espécie de botos na Baía de Guanabara. “Tem que acreditar que tem futuro. E a gente trabalha para isso, pela preservação, pelo futuro dessa população. Se a gente acredita que alguma coisa já era, não dá mais. Aquilo ali realmente pode nem ter acabado. Mas se você acredita nisso, pode ter certeza que já acabou”, declarou Flach.

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