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Israel ataca Teerã e Irã responde com mísseis: o mundo à beira de uma guerra nuclear?

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O já tenso cenário do Oriente Médio voltou a estremecer com mais uma escalada militar entre Israel e Irã. Na quinta-feira (12/6), as Forças de Defesa de Israel lançaram uma ofensiva aérea contra dezenas de alvos iranianos, inclusive na capital Teerã. O governo israelense justificou a ação como um “ataque preventivo” para conter o avanço do programa nuclear iraniano, que Tel Aviv considera uma ameaça existencial.

A resposta iraniana veio menos de 24 horas depois: dezenas de mísseis balísticos foram disparados contra o território israelense na sexta-feira (13/6), elevando a tensão regional a níveis alarmantes. A troca de ataques reacendeu o temor de um conflito direto de grandes proporções entre os dois países, ambos entre os 20 maiores arsenais militares do mundo, segundo o Global Firepower.

Israel figura na 15ª posição do ranking militar global e conta com uma força aérea moderna, incluindo caças F-35 e F-16, além de sistemas de defesa como o Domo de Ferro e o Seta. O país também possui cerca de 90 ogivas nucleares. Já o Irã, em 16º lugar, tem o segundo maior efetivo militar do Oriente Médio, com mais de 600 mil soldados ativos e um orçamento de defesa que ultrapassa os US$ 44 bilhões — mais que o dobro de Israel. Sua frota aérea é menos moderna, mas o país compensa com forte capacidade em drones e mísseis de longo alcance.

O estopim para a ofensiva israelense teria sido a suspeita de que o Irã já acumulou urânio suficiente para a produção de até 15 bombas nucleares. Em março de 2023, a AIEA confirmou o enriquecimento de urânio em níveis próximos aos necessários para uso militar, o que levou Israel a agir. Teerã, por sua vez, nega qualquer intenção bélica e afirma que seu programa nuclear é pacífico.

O conflito entre Israel e Irã se arrasta desde a Revolução Islâmica de 1979 e tem se intensificado por meio de confrontos indiretos e operações secretas. O atual embate, no entanto, marca um novo patamar de hostilidade, com ataques diretos e públicos, reacendendo o temor de uma guerra aberta no coração do Oriente Médio.

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