O Brasil enfrenta um duro revés no mercado internacional após o primeiro caso de gripe aviária em granja comercial ser registrado em Montenegro (RS), na última quinta-feira (15). A repercussão foi imediata: China, União Europeia e Argentina suspenderam as importações de frango brasileiro, medida que pode impactar fortemente o setor.
Apesar da gravidade comercial, o Ministério da Agricultura tranquiliza a população e afirma que não há risco no consumo de carne ou ovos. “Não é o consumo humano que está em risco, e sim a contaminação sanitária dos plantéis comerciais”, explicou o ministro Carlos Fávaro ao G1.
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O Brasil é atualmente o maior exportador e o terceiro maior produtor mundial de frango. Segundo a ABPA (Associação Brasileira de Proteína Animal), além da China, os maiores compradores do frango brasileiro incluem Emirados Árabes e Japão, que seguem monitorando a situação.
De acordo com Marcel Moreira, secretário-adjunto de Comércio e Relações Internacionais do Ministério da Agricultura, os bloqueios fazem parte de acordos sanitários predefinidos entre os países, que determinam a suspensão imediata das exportações em caso de contaminação — inclusive por iniciativa do próprio Brasil.
As restrições variam conforme o país: enquanto alguns, como o Japão, só interrompem as compras do município afetado, outros bloqueiam as importações de todo o estado ou do país. No caso da Argentina, o protocolo é suspender a entrada de produtos originários de até 10 km do foco de contaminação, mas o governo argentino decidiu interromper totalmente as importações, sem especificar limitações regionais.
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A esperança do setor está nos próximos 28 dias. Após esse período — se nenhum novo foco for identificado e a granja de Montenegro for desinfetada — o Brasil pode se declarar livre da gripe aviária em granjas comerciais, conforme normas da OMSA (Organização Mundial de Saúde Animal).
Esse seria o primeiro passo para tentar reabrir os mercados internacionais, enquanto a imagem do Brasil como potência do agronegócio busca ser preservada.
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