Yanná Duqueis, de Petrópolis (RJ), viralizou nas redes sociais ao compartilhar como foi o momento em que descobriu, logo após o parto, que seu filho Romeu tinha síndrome de Down. O relato destaca as reações diferentes entre ela e o marido, Otávio, e como o acolhimento da notícia exigiu tempo e compreensão.
“Eu esperava que meu marido tivesse a mesma reação que eu tive. Eu amei e aceitei meu filho desde o primeiro instante. Parecia que Deus já tinha preparado meu coração para essa notícia”, contou Yanná em vídeo publicado nas redes. entanto, segundo ela, a frustração veio ao perceber que o companheiro estava “confuso, aéreo e distante”.
A publicitária e designer de moda relatou que o apoio da mãe foi essencial nos primeiros dias após o nascimento. “Nos dois primeiros dias de vida do Romeu, foi a minha mãe que ficou comigo e acho que foi ela que me ajudou nesse processo de entender a reação do meu marido”, explicou em entrevista à revista Crescer.
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Yanná diz que entendeu imediatamente, ao olhar para o filho, que ele tinha síndrome de Down. “Na mesma hora, perguntei ao meu marido se ele estava vendo. Eu não queria falar a palavra Down. Mas quando eu perguntei se ele estava vendo, eu me referia a isso”, contou. “Eu só conseguia pensar se meu marido estava bem porque eu, imediatamente, aceitei meu filho. Eu não sei explicar, parece até muito fantasioso da forma que eu falo, mas eu realmente só lembro de entender que ele tinha a síndrome e de receber o propósito que Deus nos tinha enviado”, completou.
O diagnóstico foi confirmado logo depois pelo pediatra. Com dois dias de vida, Romeu precisou ser internado na UTI Neonatal, o que deixou o pai ainda mais abalado. “Ele mal tinha assimilado o diagnóstico e logo teve de lidar com essa outra notícia. O diagnóstico acabou ficando num segundo plano, já que o mais importante era focarmos em levá-lo para casa”, relatou.
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Yanná também refletiu sobre o processo de aceitação. “A verdade é que ninguém quer um filho especial. E não é por preconceito, mas pelo medo, pelo receio de tudo que vão enfrentar. Só queremos protegê-los de todo o mal do mundo, então, é natural vivermos esse luto do filho esperado, já que, na nossa cabeça, criamos um filho ideal, que não necessariamente é o filho que precisamos”, disse. Ela acredita que esse foi o mesmo processo vivido pelo marido, ainda que em um tempo diferente: “Meu medo não tinha fundamento”.
Com três meses, Romeu já criou uma forte conexão com o pai. “Hoje, percebo claramente que eu precisava do Romeu, muito mais do que ele precisa de mim. Ele me fez valorizar o simples da vida, me fez desacelerar e, principalmente, me fez entender que eu posso planejar tudo, mas se Deus quiser que seja diferente, será”, afirmou Yanná.
A mãe finaliza com uma mensagem de esperança e estímulo: “Gosto de lembrar que diagnóstico não é destino. Eles podem tudo, só precisam ser estimulados”.
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