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Bebê nasce com cardiopatia rara, passa por cirurgias e tem alta após 103 dias na UTI: “Agora vai começar a vida”

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A pequena Isabella, de São Paulo, tem apenas oito meses, mas já enfrentou cirurgias cardíacas, internação prolongada e um diagnóstico raro. Com apenas seis dias de vida, a bebê foi submetida ao primeiro procedimento após ser diagnosticada ainda na gestação com uma cardiopatia congênita complexa. Depois, precisou passar por uma segunda cirurgia, desta vez no abdômen. Ao todo, foram 103 dias na UTI até a alta definitiva, em novembro de 2024.

Não foi uma trajetória fácil para a dentista Jessica Capelo Franco e o marido, Guilherme Frias de Oliveira. Antes da gestação de Isabella, o casal enfrentou três abortos espontâneos. “Nós fizemos exames genéticos, tanto o Guilherme quanto eu, coletamos cariótipos, não deu alteração nenhuma”, conta Jessica à Crescer.

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Em dezembro de 2023, a confirmação da gravidez trouxe esperança. Mas, no ultrassom de 12 semanas, uma alteração na translucência nucal levantou suspeitas. “Essa alteração diz pouco. Pode estar ligada a alguma síndrome genética ou alteração cardíaca, ou os dois”, explica. Os exames genéticos não identificaram síndromes, mas o ecocardiograma fetal feito às 18 semanas revelou uma grave malformação no coração.

Isabella foi diagnosticada com Isomerismo Atrial Direito e Atresia da Valva Pulmonar, condições que comprometem o funcionamento adequado do coração. “Ela só tem um lado do coração efetivamente funcionando”, explica Mônica Shimoda, cardiologista pediátrica e coordenadora do serviço de cardiologia pediátrica do Hospital e Maternidade Santa Joana.

Com o diagnóstico precoce, foi possível planejar o parto e o atendimento especializado. Isabella nasceu em 15 de agosto, com 38 semanas. “A Isabella nasceu super estável dentro do quadro dela”, diz a mãe. Após o nascimento, a bebê foi imediatamente estabilizada e, com seis dias, passou pela cirurgia de Blalock-Taussig, procedimento paliativo comum em casos de coração univentricular. Dias depois, enfrentou mais uma cirurgia, desta vez para corrigir um vício de rotação intestinal.

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“Quando você entrega no bloco cirúrgico, dá um aperto no coração, mas é isso que vai dar vida à minha filha”, afirma Jessica. Durante os 103 dias de internação, o casal recebeu o apoio da equipe médica e da família. “Era o que nos confortava: uma conversa, um abraço”, relembra.

De acordo com Mônica Shimoda, a cardiopatia de Isabella exige acompanhamento contínuo e cirurgias em etapas. “As cirurgias precisam ser feitas em etapas, porque o bebê não tolera fazer tudo de uma vez”, explica. Em janeiro de 2025, Isabella passou por mais um procedimento já previsto e teve boa recuperação.

Desde que deixou o hospital, a menina passou a ser acompanhada por uma equipe multidisciplinar. “Ela repete os exames a cada três meses. Recebeu nota 10 no último check-up. Está super estável, tem uma vida de uma criança o mais próximo do normal”, diz a mãe.

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Jessica e Guilherme decidiram compartilhar a história para acolher outras famílias. “Eu me via no pai assustado chegando no hospital, desesperado para ver o filho pela primeira vez, meio tenso com o diagnóstico. Quando eu conseguia conversar com essa pessoa, eu via o quanto era importante falar e se colocar à disposição. Não foi fácil. A época em que a minha filha ficou internada foi a fase mais difícil da minha vida. Mas passa. Nenhuma dor é para sempre”, afirma Guilherme.

No início de 2025, o casal descobriu que estão à espera de mais um bebê. “Não foi planejado. Queríamos ter outros filhos, mas não por agora. Foi uma surpresa”, diz Jessica. Os médicos monitoraram de perto a nova gestação, e os exames apontam que o bebê tem o coração saudável. “Ele tem um coraçãozinho perfeito”, comemora.

Atualmente, Jessica aguarda a chegada do pequeno Lucca e celebra a vida ao lado de Isabella. “Sensação de que agora que vai começar a vida nova”, resume o pai.

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