O jornalista Terrence McCoy, correspondente do jornal norte-americano The Washington Post, elogiou o Sistema Único de Saúde (SUS) após ser atendido gratuitamente em Paraty (RJ), durante uma viagem de férias. Ele sofreu um ferimento na cabeça ao ser atingido pela porta do porta-malas do carro e relatou ter recebido atendimento de urgência sem custos, incluindo transporte de ambulância, tomografia, exames de imagem, pontos na cabeça e medicação.
Na matéria publicada na última semana, McCoy relatou que foi socorrido por uma ambulância do Hospital Municipal Hugo Miranda, passou por avaliação clínica e realizou exames detalhados. Ao todo, foram seis horas de atendimento até receber alta. Segundo ele, todo o procedimento custaria cerca de US$ 10 mil nos Estados Unidos (mais de R$ 50 mil), mas no Brasil, não foi cobrado nenhum valor.
O jornalista ressaltou que seu primeiro pensamento após o acidente foi tipicamente americano: “Quanto isso vai me custar?”. No entanto, se surpreendeu. “O contraste com o sistema americano foi evidente, não pelo que os funcionários do hospital perguntaram, mas pelo que não perguntaram. Ninguém pediu nosso seguro de saúde. Ninguém sequer pediu número de CPF. Seis horas depois,após uma ambulância, tomografia, raio-X craniano e seis pontos na cabeça, tive minha resposta: US$ 0”, relatou.
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Terrence destacou ainda que o sistema público brasileiro garante atendimento gratuito a todos os cidadãos e residentes. “A saúde é um direito básico no Brasil, garantido pela Constituição. Os 215 milhões de brasileiros, além de 2 milhões de estrangeiros residentes, têm acesso ao SUS, que se tornou o maior sistema público de saúde do mundo”, escreveu.
Na publicação, ele também compartilhou que, dias após o acidente, seu filho apresentou febre alta e precisou de atendimento médico. Novamente, foi atendido gratuitamente, diagnosticado com amigdalite e medicado. “Meu filho também foi atendido e o valor da conta foi o mesmo: zero dólares”, destacou.
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Apesar dos elogios, também reconheceu os desafios como subfinanciamento e filas. “O SUS está longe de ser perfeito. Pacientes esperam longas horas por atendimento especializado. Parlamentares o subfinanciam. Profissionais entram em greve com frequência. O sistema colapsou nos piores dias da pandemia, com hospitais recusando pacientes, gerando cenas de desespero e inflamando divisões políticas no país”, destacou.
A reportagem repercutiu nas redes sociais. Segundo dados do Ministério da Saúde, o sistema realizou 2,8 bilhões de atendimentos em 2024 e segue sendo a principal rede de cuidado médico para mais de 70% da população brasileira.
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