A ex-secretária de Estado dos EUA, Hillary Clinton, causou alvoroço nas redes sociais ao acusar o ex-presidente Donald Trump de manipular a política comercial americana para proteger interesses pessoais — mais especificamente, os de Jair Bolsonaro. A crítica veio após o anúncio de uma nova tarifa de 50% sobre produtos brasileiros, medida que entrará em vigor a partir de 1º de agosto e que se soma às já existentes sobre setores como aço e alumínio.
Hillary foi direta: “Você está prestes a pagar mais por carne não só porque o Trump quer proteger o seu amigo corrupto, mas também porque os republicanos no Congresso decidiram ceder-lhe o poder sobre a política comercial”. A declaração incendiou o debate político internacional, especialmente por envolver Bolsonaro, que atualmente é réu no STF por suposta tentativa de golpe de Estado.
Em resposta às críticas, Trump justificou a nova tarifa como uma reação a “ataques insidiosos contra eleições livres no Brasil”. Ele saiu em defesa de Bolsonaro, classificando o tratamento dado ao ex-presidente brasileiro como uma “vergonha internacional”. Para Trump, Bolsonaro é vítima de perseguição política: “Ele não é culpado de nada, exceto por ter lutado pelo povo”.
A medida tarifária é vista por analistas como parte de uma estratégia mais ampla de Trump para reforçar alianças políticas e ideológicas com líderes conservadores, mesmo em meio a tensões diplomáticas. O apoio explícito a Bolsonaro, em um momento em que ele enfrenta sérias acusações no Brasil, levanta suspeitas sobre os reais motivos por trás da nova política comercial dos EUA.
A fala de Hillary Clinton reacende o embate entre democratas e republicanos sobre os limites do poder presidencial na condução de políticas internacionais e expõe, mais uma vez, como questões internas dos EUA podem ter impactos diretos sobre a economia brasileira — e sobre o preço que os consumidores pagarão por isso.