Alice dos Santos Araújo Lourenço, uma jovem paraibana de 20 anos, coleciona conquistas acadêmicas que desafiam suas origens no pequeno município de Nova Olinda, no sertão da Paraíba. Com uma trajetória marcada por esforço e superação, a jovem foi aprovada em sete universidades nos Estados Unidos e, em agosto deste ano, embarca com bolsa integral para estudar na Universidade da Carolina do Norte, em Chapel Hill.
“É aquele tipo de acontecimento que leva tempo para a ficha cair. Ainda não parece real. Além da alegria, reconheço as barreiras quebradas para mim, minha família e meu estado”, refletiu a estudante, que quer usar essa oportunidade para abrir portas a outros jovens paraibanos.
++ Homem completa maratona e se emociona ao abraçar mãe no final da prova
Criada no interior, onde o acesso ao ensino tecnológico é limitado, Alice quer que sua conquista represente um caminho para muitos: “Quero que os frutos dessa oportunidade sejam colhidos por outros jovens da Paraíba, mostrando que nosso estado desenvolve talentos em tecnologia”.
O interesse pelo exterior surgiu da vontade de conhecer novas culturas e das amplas oportunidades acadêmicas e profissionais oferecidas fora do Brasil. Em 2023, com o apoio da Academia Latino-Americana de Liderança (LALA), Alice iniciou a difícil jornada de candidaturas, que incluiu testes de proficiência em inglês, atividades extracurriculares, cartas de recomendação e redações.
++ Bebê rouba a cena ao se encantar com música do Flamengo
No primeiro ano, ela foi aceita em quatro universidades, mas não conseguiu bolsas integrais. Em 2024, vieram mais três aprovações e a tão sonhada bolsa integral da UNC-Chapel Hill, que cobre custos de estudos, alimentação, transporte e equipamentos pelos próximos quatro anos. “A UNC-Chapel Hill ganhou meu coração por vários motivos, como a comunidade vibrante de Tar Heels, sua localização no centro mais importante de pesquisa, inovação, tecnologia e educação dos Estados Unidos. E o fato da universidade oferecer a combinação curricular ideal para as áreas que desejo seguir profissionalmente”, declarou.
Antes de sua ida para os Estados Unidos, Alice já colecionava experiências internacionais. Em 2024, participou de um programa sobre sustentabilidade na Itália com bolsa integral. Em 2025, viajou por Índia, Alemanha e Noruega com bolsa da The Flight School, onde também se voluntariou em projetos de tecnologia, educação e cultura. “Sempre volto para casa com ideias novas para resolver os desafios da minha comunidade”, conta.
++ Pela 1ª vez, cientistas registram início da formação do coração
Alice é autodidata em inglês, aprendendo sozinha com materiais gratuitos e aplicativos, superando o medo da barreira linguística e a falta de recursos para aulas particulares. O domínio do idioma abriu portas para sua jornada acadêmica e profissional.
Apaixonada por tecnologia desde os tempos no Instituto Federal da Paraíba, Alice viu na programação a chance de criar soluções reais para sua comunidade. “Não há felicidade maior do que ver seu programa funcionando e melhorando a vida das pessoas”, disse.
Para o futuro, ela sonha grande: quer liderar uma edtech inovadora e acessível na América Latina e criar um ecossistema de apoio para meninas de baixa renda em áreas periféricas e interioranas.
Não deixe de curtir nossa página no Facebook , no Twitter e também no Instagram para mais notícias do 111Next