O que parecia ser apenas uma marca de nascença no olho da recém-nascida Emerie acabou se revelando um problema oftalmológico grave. A condição só foi diagnosticada três anos depois, graças à insistência da mãe, Maggie Spicer, que nunca se conformou com as respostas dos médicos.
A mancha branca foi percebida por Maggie ainda na maternidade, no dia do nascimento da filha. Ao questionar os profissionais, ouviu que se tratava de algo inofensivo. “É como uma pinta de nascença”, teria dito um dos médicos, segundo relato publicado pela mãe nas redes sociais.
Nos primeiros anos de vida, Emerie passou por vários pediatras e chegou a fazer exames de triagem, mas nenhum deles apontou alterações na visão. Mesmo assim, Maggie seguiu desconfiada. “Depois do terceiro médico, eu tentei acreditar que estava tudo bem, mas a dúvida nunca foi embora”, afirmou à revista People.
O cenário mudou quando a pequena completou 3 anos e a avó notou que um dos olhos da menina havia começado a se desviar para dentro. A família procurou um novo pediatra, que, dessa vez, encaminhou a criança a um oftalmologista. O exame com dilatação pupilar confirmou: ela tinha catarata congênita em ambos os olhos, sendo uma delas completamente obstrutiva.
Com o atraso no diagnóstico, o olho mais comprometido deixou de receber estímulos adequados e parou de se desenvolver. A condição evoluiu para atrofia óptica, o que a deixou legalmente cega de um dos lados. “Se tivessem feito a dilatação e o exame quando eu pedi, a cirurgia teria sido feita logo, ainda bebê. Mas quando descobrimos, já era tarde”, lamentou a mãe.
Mesmo diante da dificuldade, Maggie seguiu firme com o tratamento da filha, que incluiu cirurgias e o uso de tampão ocular, uma etapa dolorosa para a criança. “Tinha que colocar os colírios enquanto ela dormia porque ardiam demais. Era muito difícil. Às vezes, eu a convencia com marshmallows, que ela adorava”, relembrou. Hoje, a menina usa lente de contato no olho afetado e óculos, mas ainda enfrenta dificuldades com o uso contínuo e passará por novas cirurgias no futuro.
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A história ganhou repercussão nas redes sociais após Maggie publicar um vídeo no TikTok. O relato viralizou e passou a inspirar outros pais. “Duas mães me procuraram dizendo que os filhos tinham a mesma mancha. Uma delas conseguiu encaminhamento e cirurgia. Se contar nossa história pode ajudar mais alguém, eu vou continuar compartilhando”, disse.
Para Maggie, a experiência transformou sua relação com a maternidade e com o sistema de saúde. “Aprendi que nunca mais vou ignorar meu instinto. O papel dos pais é proteger os filhos, e isso inclui insistir quando algo parece errado. Se eu pudesse dar um conselho a outros pais: confiem no que sentem. Se acharem que algo está errado, insistam por encaminhamento. Às vezes, isso pode mudar o futuro de uma criança”, finalizou.
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