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Celebridades falam sobre TDAH e ajudam a combater o estigma

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Um número crescente de celebridades brasileiras e internacionais tem se manifestado publicamente sobre o diagnóstico de TDAH (Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade), contribuindo para a quebra de tabus e o aumento da conscientização sobre saúde mental. Nomes como Cacau Protásio, Sabrina Sato, MC Daniel e o ator britânico Tom Holland compartilharam suas experiências com o transtorno. Protásio descreveu o diagnóstico como “um alívio e um desafio”, enquanto Holland o considerou “intimidador”.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), o TDAH é um transtorno neuropsiquiátrico que afeta cerca de 5% da população global. Embora geralmente diagnosticado na infância, muitos casos só são identificados na vida adulta, o que pode trazer tanto alívio quanto explicações para dificuldades enfrentadas ao longo dos anos.

Especialistas destacam a importância de ampliar o debate sobre o TDAH. O psicólogo Damião Silva ressalta que a sociedade precisa compreender os desafios enfrentados por quem vive com o transtorno, oferecendo o suporte necessário para que essas pessoas possam desenvolver todo o seu potencial. Já a psiquiatra Milliane Rossafa observa que muitos adultos só procuram ajuda após enfrentarem sintomas como ansiedade, depressão ou dificuldades no trabalho e nos estudos.

A neuropsicóloga Nathalie Gudayol alerta que, em mulheres, o diagnóstico costuma ser ainda mais tardio, pois os sintomas se manifestam de forma mais sutil, como desatenção, esquecimento e sensação de sobrecarga, muitas vezes confundidos com ansiedade ou excesso de responsabilidades.

Outro ponto importante é a distinção entre TDAH e Burnout. Segundo o psiquiatra Iago Fernandes, embora ambos envolvam dificuldades de concentração, o TDAH é uma condição de origem neurodesenvolvimental, enquanto o Burnout é adquirido ao longo do tempo, geralmente em contextos de estresse emocional e sobrecarga profissional. Fernandes enfatiza que nenhum diagnóstico deve ser visto como sentença definitiva, pois ambos os quadros podem ser gerenciados com tratamento adequado, ajustes na rotina e maior autoconsciência.

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