A auxiliar de coordenação Heusiléia Coelho, de 41 anos, viveu momentos de angústia e superação durante a gestação do terceiro filho, Henrique. Moradora de Minaçu, em Goiás, ela enfrentou complicações graves que resultaram em um parto prematuro com apenas 23 semanas de gestação. O bebê nasceu pesando 740 gramas e, segundo os médicos, tinha apenas 1% de chance de sobreviver.
As duas primeiras gestações de Heusiléia já haviam sido delicadas. João Pedro, hoje com 17 anos, e Ana Pérola, de 12, nasceram prematuros e precisaram ficar internados na UTI neonatal. No novo relacionamento com Wilson, ela decidiu engravidar novamente. O resultado positivo veio após um mês de tentativas, mas, a partir da 12ª semana, começaram as complicações, como sangramentos e infecção.
++ Nikolas Ferreira diz que, se chegar à Presidência, Lula irá para a cadeia
No fim de agosto, durante a madrugada, Heusiléia percebeu que a bolsa havia rompido. O médico confirmou por telefone que ela estava em trabalho de parto. No hospital de Minaçu, recebeu a notícia de que precisaria ser transferida com urgência para Uruaçu, a 225 quilômetros de distância, já que a cidade não possui UTI neonatal. “A verdade é que se meu bebê nascesse no hospital de Minaçu, sem UTI neonatal, ele não teria chance de sobreviver”, relatou.
A vaga foi liberada em uma hora, mas, já em Uruaçu, a situação se agravou. Diagnosticada com corioamnionite materna, uma infecção nas membranas que envolvem o feto, apresentou febre e alteração na pressão arterial. Os médicos decidiram interromper a gestação. “O pediatra foi sincero com meu marido: ‘O bebê tem apenas 1% de chance de sobreviver’. Apesar do desespero, eu pensei: ‘Enquanto houver chance, nós vamos lutar’”, contou.
++ Menino com tumores faciais enfrenta bullying e risco de perder a visão: “Já foi chamado de monstro”
Após o parto, Heusiléia permaneceu internada por sete dias. Quando finalmente pôde ver Henrique, descreveu o momento como um misto de sentimentos: “Me senti grata, mas senti medo ao ver aquele bebê tão pequenininho, entubado, com os pés e mãozinhas roxos”.
Durante quatro meses, o menino permaneceu na UTI. A mãe, que recebeu alta, permaneceu no hospital ao lado do filho, dormindo em uma cadeira. “Eu tinha tanto medo de perder Henrique, que dormi 4 meses em uma cadeira na UTI, olhando os parâmetros, vigiando meu filho, mas só pude segurá-lo no colo 28 dias depois”, disse.
Depois de inúmeras intercorrências, Henrique recebeu alta e foi para casa. Hoje, segue acompanhado por fisioterapeuta e pneumologista. “Ele é o nosso milagre. Lutamos pela vida de Henrique quando ele tinha apenas 1% de chance e estamos aqui para festejar a nossa vitória”, se emocionou Heusiléia.
Não deixe de curtir nossa página no Facebook, no Twitter e também no Instagram para mais notícias do 111Next.