Um encontro ao acaso mudou para sempre a vida de Joey Romano, hoje com 29 anos. Sete anos atrás, quando ainda era calouro na Universidade do Texas, em Austin, ele sofreu um acidente de skate e quebrou o punho. Naquele dia, decidiu não chamar uma ambulância, preocupado com os custos médicos, e acionou um carro por aplicativo.
O motorista era Beni Lukumu, que havia imigrado do Congo para os Estados Unidos aos 25 anos. Ao chegar, encontrou Joey deitado no chão e o ajudou a entrar no veículo com cuidado. Primeiro, levaram o estudante a uma clínica de pronto-atendimento, mas logo ele foi transferido para um hospital. Beni recusou qualquer pagamento e fez questão de acompanhá-lo durante todo o processo. “Não era nem uma questão para mim. Joey precisava de alguém ao lado dele”, disse o homem ao Today.
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Das 2h às 8h da noite, Beni permaneceu no hospital, assinou a ficha de entrada do paciente e ofereceu apoio. “Eu estava com morfina e lembro de me sentir aliviado por ele estar ali. Ele tem uma presença acolhedora, parecia que já nos conhecíamos há muito tempo”, contou Romano.
A avó de Joey chegou ao hospital no momento da alta e tentou pagar Beni pelo tempo dedicado, mas ele recusou. Aceitou apenas um convite para jantar com a família, gesto que deu início a uma amizade que já dura mais de sete anos.
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Para Joey, a atitude do motorista representou um divisor de águas. Anos antes, ele havia perdido o irmão Johnny, de apenas 10 anos, vítima de leucemia. Desde então, se fechou em si mesmo. “Depois da morte do meu irmão… eu me tornei frio, incapaz de cuidar até de mim. Estava isolado. Aquele ato de bondade me ajudou a enxergar o bem no mundo novamente. Ter alguém que ficou comigo o dia inteiro, sem me conhecer, só pela bondade do coração, mudou completamente a minha vida”, disse Romano, emocionado.
Hoje, Lukumu trabalha no setor de seguros em Austin e também é cantor de música gospel. Joey se tornou desenvolvedor de projetos de energia renovável. Apesar das rotinas diferentes, os dois ainda mantêm contato frequente.
Para o ex-motorista, a lição que fica é simples: “O mundo está muito dividido. O que precisamos é de amor e bondade”.
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