Quando Weston, então com 2 anos, começou a apresentar infecções constantes, a família Openshaw, do Canadá, não imaginava que receberia um diagnóstico de câncer. Em abril de 2022, o menino foi diagnosticado com leucemia linfoblástica aguda. Meses depois, seu irmão gêmeo idêntico, Bennett, recebeu a mesma notícia.
“Obviamente, sua mente nunca vai para o câncer. É um momento passageiro de: ‘Será que isso pode ser câncer? Não, isso é tão irrealista’. E então você muda sua mentalidade”, contou a mãe, Alisha, em entrevista à People.
Enquanto Weston iniciava imediatamente as sessões de quimioterapia, Bennett era monitorado com exames regulares no B.C. Children’s Hospital. Quatro meses depois, alterações no sangue confirmaram o segundo diagnóstico. “Uma parte de mim pensava: ‘Apenas faça as malas para estar pronta se a bomba cair’”, recordou Alisha.
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O caso chamou a atenção da equipe médica pela raridade de gêmeos idênticos passarem pelo tratamento ao mesmo tempo. Durante três anos, os meninos alternaram internações, sessões de quimioterapia e os desafios de efeitos colaterais. Weston, por exemplo, precisou reaprender a andar quatro vezes. “Eles não sabiam nada diferente. Achavam que todo mundo da idade deles ia ao hospital todos os dias, recebia quimio, precisava de sonda de alimentação”, disse Alisha.
A rotina da família mudou completamente. Ela deixou o trabalho de paramédica para cuidar dos filhos em tempo integral, enquanto o marido assumia a renda. Para lidar com o peso emocional, Alisha encontrou apoio em outras mães e também nas redes sociais, que hoje reúne mais de 41 mil seguidores no TikTok. “Compartilhar nossa história foi uma forma de processar meus sentimentos. Eu comecei nossa conta em um quarto escuro de hospital. Era uma maneira de encontrar uma comunidade”, explicou.
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Em 2024, após inúmeras sessões de tratamento, Weston e Bennett receberam a notícia de que estavam em remissão. Em agosto, Bennett concluiu o processo; em outubro, foi a vez de Weston. Já em 2025, os dois começaram no jardim de infância. “Agora eles têm 6 anos e, quando vejo vídeos ou fotos da época em que estavam doentes, percebo que não lembram de muita coisa. Não me esqueço de um único segundo de nada disso e de como foi difícil e eles seguiram em frente. E agora que eles estão saudáveis, terminaram o tratamento e estão em remissão, estou desvendando e processando todo o trauma e sofrimento pelos quais passamos”, contou a mãe.
Apesar do alívio, Alisha admite que a ansiedade ainda persiste: “Durante muito tempo eu não me permitia pensar no futuro deles porque tinha medo de que não houvesse futuro. Agora, lentamente, começo a imaginar o que virá. Mas é assustador. Quem passa por algo traumático sempre teme que o chão seja puxado de novo”.
Entre as lembranças mais fortes, está uma frase que a acompanhou durante toda a trajetória: “Grow from it”, em português: “cresça com isso”. “Eu ficava repetindo para mim mesma: você tem que crescer com isso. Nós vamos superar e crescer a partir disso”, finalizou.
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