A executiva Melissa Gonzalez precisou passar por uma cirurgia de emergência após ignorar por meses sinais de que algo não estava bem. Em entrevista à Newsweek, ela relatou que desde 2022 sentia fadiga, vertigens e problemas digestivos, mas só buscou ajuda médica quando foi levada a um hospital em Seattle, nos Estados Unidos, onde recebeu o diagnóstico de vólvulo cecal, uma torção no intestino grosso que pode levar a choque séptico.
“Dois anos atrás, comecei a ouvir sons do meu corpo, sussurros em forma de dores, fadiga e sintomas estranhos que não se encaixavam. Eu achava que estava ouvindo meu corpo. Mas não estava. Não de verdade”, contou.
Melissa disse que chegou a receber a recomendação de fazer exames de sangue completos, mas adiou a decisão. “Parte disso era logística, eu dizia a mim mesma que não tinha tempo. E também havia o custo. Olhando agora, vejo como foi um pensamento errado. O que poderia ser mais importante do que minha saúde?”, afirmou.
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Ao longo dos meses, os sintomas se intensificaram. A síndrome de Raynaud, antes esporádica, passou a se manifestar diariamente, ela teve um episódio de herpes-zóster e enfrentou sérias dificuldades digestivas. Mesmo assim, seguiu com a rotina de viagens e trabalho. “Eu me dizia que estava bem. Até que não estava”, disse.
O quadro chegou ao limite durante uma viagem, em 2023. Em um hotel em Seattle, Melissa acordou com fortes dores abdominais. “Parecia que alguém tinha enfiado a mão dentro de mim e torcido tudo. Me encolhi no chão, incapaz de me mover”, relatou. No hospital, foi informada de que precisava de cirurgia imediata: “Naquele momento, eu quase ouvi o universo dizendo: ‘Nós tentamos te avisar’.”
A experiência transformou sua visão sobre os cuidados com a saúde. “O que percebi é que ouvir a si mesmo e se escutar não são a mesma coisa. Eu ouvi meu corpo por meses, anos, na verdade. Mas ouvir sozinho não muda nada. Escutar exige parar, confiar e agir”, declarou.
Após semanas de recuperação, Melissa passou a realizar os exames que havia adiado, iniciou suplementação e alterou hábitos de vida: “Não vejo mais investir na minha saúde como opcional. É a base de tudo. Meu corpo deu aviso após aviso. Sussurrou, cutucou, gritou. E eu segui em frente até que ele me parou completamente”.
Hoje, ela compartilha a experiência como alerta para outras pessoas. “Se o seu corpo está sussurrando, preste atenção. Não espere até que ele precise gritar. Você é digno do seu próprio cuidado”, finalizou.
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