Dois jovens que estavam em formação para o sacerdócio decidiram deixar a Igreja Católica após se apaixonarem. O casal tornou pública a história ao divulgar uma carta intitulada “Carta Aberta à Liberdade”, na qual descreve o rompimento com a instituição e o início de uma nova fase de vida.
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Na publicação, eles revelam que o amor nasceu em meio a um ambiente de repressão e medo. “Não é só um dia 15 qualquer, mas um dia 15 que é marco de uma libertação; mas qual seria essa tal liberdade? A liberdade de te amar”, escreveram. O texto viralizou nas redes sociais e gerou ampla repercussão entre fiéis e ex-religiosos.
Os dois afirmam que viveram anos de angústia ao tentar conciliar a vocação religiosa com o sentimento que nutriam um pelo outro: “Só nós sabemos o quanto choramos e vivemos infelizes por sustentar uma vocação […] vimos que não valia a pena seguir como nos pediram: ‘fiquem aqui, não tem problema, mas sejam prudentes’”.
Na carta, o casal também denuncia situações de abuso e controle dentro da instituição. “A liberdade de não ser abusado fisicamente e psicologicamente, a liberdade de não ser assediado todos os dias por pessoas que você acredita que vai ser o seu guia espiritual”, afirmaram.
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Segundo os ex-seminaristas, a decisão de romper com o sacerdócio foi motivada pelo desejo de viver com honestidade e liberdade. “Ao quebrar as correntes, nos disseram: ‘vocês estão fechando muitas portas, se der errado nunca retornarão’. Mas a força e o desejo de ser livre não nos fez dar ouvidos a essas vozes”, contaram.
No trecho final, eles expressam gratidão por terem encontrado coragem para assumir o relacionamento e deixar o seminário. “Hoje posso afirmar o que já era afirmado: eu te amo, e valeu a pena abandonar tudo isso para ser como um passarinho livre, com você”.
O relato, amplamente compartilhado, gerou mensagens de apoio e identificação de outros religiosos e ex-religiosos. “Talvez muitos nos achem loucos e revoltados, mas porque muitos não entendem o que é estar no meio e ser uma marionete totalmente controlada”, concluíram.
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