Para muitas pessoas, o fim do dia é acompanhado por um sentimento de melancolia que surge quando tudo ao redor desacelera. Segundo a psicóloga Cibele Santos, esse tipo de tristeza noturna é mais comum do que se imagina e pode ser resultado de uma combinação de fatores emocionais, comportamentais e fisiológicos. À medida que o corpo relaxa para dormir, a mente ganha espaço para refletir sobre o que ficou mal resolvido durante o dia.
++ Dormindo e lucrando: o truque de IA que virou renda passiva de gente comum
O funcionamento do nosso organismo também contribui para esse estado emocional. À noite, o corpo produz mais melatonina, hormônio que induz o sono, enquanto o nível de cortisol, associado ao estresse, cai. Essa mudança hormonal permite que as barreiras emocionais se enfraqueçam, intensificando sentimentos que estavam adormecidos.
++ Mulher descobre que colega de trabalho é o filho que deu para adoção há 20 anos
Durante o dia, a mente está ocupada com tarefas e distrações. Mas, no silêncio da noite, pensamentos recorrentes e preocupações não resolvidas ganham volume. Esse processo de ruminação mental, como destaca a psicóloga, pode aumentar tanto a tristeza quanto a ansiedade, dificultando o descanso.
Certos hábitos também podem agravar esse quadro. O consumo de cafeína e álcool, o uso de telas antes de dormir e uma alimentação desbalanceada são alguns dos comportamentos que impactam negativamente o humor e a qualidade do sono. Cibele destaca que mudanças simples na rotina podem trazer benefícios significativos para o bem-estar emocional.
Para enfrentar esse cenário, a especialista recomenda práticas que promovam relaxamento, como meditação, leitura ou banho quente antes de deitar. Atitudes como exercitar a gratidão, manter uma rotina de atividade física e conversar sobre sentimentos também ajudam a reduzir o peso emocional acumulado.
Por fim, Cibele ressalta que sentir tristeza não é necessariamente um problema. Muitas vezes, esse sentimento é um sinal de que o corpo e a mente estão pedindo atenção e cuidado. Encarar a tristeza como uma oportunidade de autoconhecimento pode ser o primeiro passo para lidar melhor com ela.

