A ministra do Planejamento, Simone Tebet, declarou nesta quinta-feira (27/11) que é improvável que o governo federal consiga atingir a meta de déficit fiscal zero em 2025. Apesar disso, ela garantiu que a equipe econômica está empenhada em chegar o mais próximo possível do objetivo estabelecido, que permite uma margem de tolerância de até 0,25% do PIB.
++ Dormindo e lucrando: o truque de IA que virou renda passiva de gente comum
Durante entrevista ao portal Metrópoles, Tebet explicou que dois fatores principais dificultam o cumprimento da meta: o chamado “empoçamento” de recursos e o aumento inesperado do déficit nas contas dos Correios. O empoçamento ocorre quando despesas autorizadas não são efetivamente gastas no ano corrente, fazendo com que os valores fiquem parados.
++ Autor de série Tremembé expõe ‘Real’ motivo de Suzane von Richthofen ter matado os pais
Segundo dados do Tesouro Nacional, até agosto de 2025, o total de recursos empoçados já somava cerca de R$ 15 bilhões. Essa quantia, que não será executada até o fim do ano, acaba impactando diretamente o resultado fiscal do governo federal.
Tebet destacou que, embora a meta de déficit zero seja ambiciosa, o governo pretende não utilizar toda a margem permitida pela banda inferior da meta. O objetivo é garantir maior folga fiscal para o ano seguinte, 2026.
A ministra também demonstrou confiança na condução do Orçamento de 2025 e reforçou que o governo está comprometido com a responsabilidade fiscal. Ela afirmou que a prioridade é manter o equilíbrio das contas públicas sem comprometer os investimentos essenciais.
A declaração de Tebet ocorre em meio a um cenário de pressão por maior rigor fiscal, enquanto o governo busca alternativas para ampliar a arrecadação e controlar os gastos. A meta de déficit zero foi anunciada como um compromisso da atual gestão, mas enfrenta desafios estruturais e conjunturais.
A entrevista completa com a ministra foi divulgada pelo portal Metrópoles e traz mais detalhes sobre as estratégias do governo para lidar com as limitações orçamentárias e os planos para os próximos anos.

