O renomado fotógrafo brasileiro Sebastião Salgado, falecido aos 81 anos, terá suas cinzas espalhadas no Instituto Terra, projeto ambiental que ele fundou ao lado da esposa, Lélia Wanick Salgado, em Aimorés, Minas Gerais. A informação foi divulgada pela família durante o programa Fantástico, no último domingo (26/5), embora a data da cerimônia de cremação ainda não tenha sido anunciada.
O local escolhido para esse tributo póstumo é a área conhecida como Terra Doce, uma das iniciativas do Instituto voltadas à recuperação da biodiversidade da Mata Atlântica. A decisão simboliza o profundo vínculo de Salgado com a natureza e seu compromisso com a regeneração ambiental.
Fundado em 1998, o Instituto Terra nasceu da vontade do casal de transformar uma antiga fazenda da família em um modelo de reflorestamento e recuperação ecológica. Em mais de 20 anos de atuação, o projeto já foi responsável pelo plantio de mais de 3 milhões de árvores nativas, restaurando aproximadamente 676 hectares de floresta e contribuindo significativamente para a revitalização da bacia do Rio Doce, uma das mais impactadas ambientalmente no país.
Mesmo após a morte de seu idealizador, o Instituto Terra seguirá em operação como centro de pesquisa, reflorestamento e educação ambiental. O legado de Sebastião Salgado continuará vivo através das ações e princípios que ele e Lélia estabeleceram desde o início da iniciativa.