A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) concluiu a análise das amostras de vodca ingeridas pelo cantor Hungria Hip Hop, de 34 anos, e confirmou que as bebidas não estavam contaminadas com metanol, substância tóxica que poderia ter causado sérios danos à saúde. A perícia, realizada pelo Instituto de Criminalística, analisou minuciosamente duas amostras, sem identificar sinais do composto químico.
Apesar da ausência de metanol, os exames revelaram que uma das vodcas consumidas era falsificada. A bebida foi adquirida na distribuidora Amsterdan, localizada em Vicente Pires, que acabou interditada por não possuir licença de funcionamento e apresentar indícios de comercialização de bebidas clandestinas. Todo o estoque do lote suspeito foi apreendido pelas autoridades.
O caso ganhou repercussão após o cantor passar mal em casa e ser internado no Hospital DF Star, em Brasília, com sintomas como visão turva. Em coletiva de imprensa realizada na tarde de sexta-feira (3/10), o médico assistente Leandro Machado afirmou que o estado clínico de Hungria está em melhora e que a rápida intervenção médica foi essencial para evitar consequências mais graves, como a perda da visão. O artista segue internado, mas sem risco de cegueira.
Como parte da investigação, a PCDF irá ouvir, na próxima semana, os comerciantes responsáveis pela venda das bebidas. A ação é conduzida pela Delegacia de Repressão aos Crimes Contra a Propriedade Imaterial (DRCPIM), em parceria com a Vigilância Sanitária do DF (Visa-DF), a Anvisa e o Ministério da Agricultura (Mapa). Amostras de bebidas também foram recolhidas em um supermercado da capital e enviadas para perícia.
O caso acende um alerta sobre o consumo de bebidas alcoólicas sem procedência comprovada e reforça a importância da fiscalização em estabelecimentos que comercializam esse tipo de produto.